segunda-feira, 24 de julho de 2017

Ah Ah Ah quem não gosta de beijos… Em Milão...

Até hoje viajei três vezes a Itália. A primeira fiquei só em Roma, a segunda fiz parte do norte italiano e a terceira a região da Toscânia. Calculo que irei pelo menos mais três, para fazer as Dolomitas, o sul e as ilhas… Haja dinheiro e saúde…
Uma conversa de hoje com uma amiga suscitou-me a contar algumas experiências de Itália. Este post tem apenas algumas notas.
A pesquisa começou com uns meses de antecedência e alguns sites como http://www.keviagem.com  http://www.viajenaviagem.com/ http://www.joaoleitao.com/viagens/italia/ foram ajuda. Aí ficou claro a opção: https://www.airbnb.pt para dormir e http://www.trenitalia.pt/ para me mover. Esta viagem durou 12 dias, com avião pré comprado em três meses para Milão e volta de Veneza depois do carnaval.
Algumas opções que uso para viajar mais barato passam por comprar pela net com bastante antecedência (eu recomendo fazer cartões de crédito virtuais de utilização única através do mbnet ou na app Mbway), não dormir em hotéis mas sim em hostel ou quarto alugado no airbnb que costuma ter a vantagem de poderes utilizar a cozinha da pessoa que te hospeda.
A opção foi fazer: Lisboa-Milão, visitar Milão, Milão - Turim - Milão, Milão - Lago Garda - Milão, Milão - Verona - Vicenza, Vicenza - Pádua - Vicenza, Vicenza - Veneza Mestre, Veneza - Lisboa.
Foyer do La Scala, quase o único lugar permitido a fotografar
Imagem daqui: http://www.limelightmagazine.com.au/news/la-scala-tells-casually-dressed-go-hm 
Eu diria que Milão é a cidade da burguesia italiana: um dos sonhos era assistir à ópera na “sua Meca” o La Scala, de inspiração neoclássica, de Giuseppe Piermarini, – preços super proibitivos – a opção foi pagar 7 euros para ver o museu e poder entrar num dos camarotes só para olhar e “polícia” atrás para não fotografar, a cidades dos preços híper inflacionados, da ostentação da riqueza extrema…


Na linda Galeria Vítor Emanuele II podes comprar um casaco por três meses de salário 

mas também podes ir pisar e rodar sobre os testículos do touro que te irá dar sorte e saúde 😉

Na linda Piazza del Duomo podes visitar uma linda Catedral e subir aos seus telhados, imaginas centenas de pessoas andando pelos telhados? De estilo gótico conta com uns 600 anitos…
Mas valeu, com meses de antecedência comprei entrada para visitar o fresco a “Última Ceia” que o genioso Leonardo da Vinci pintou no refeitório dos frades do convento de Santa Maria Delle Grazie; 

um bilhete comprado via net (Clique aqui) com dois meses de antecedência para estar 15 minutos a admirar a obra do mestre, 15 minutos depois rua!
Clique na imagem e veja na wikipédia informações sobre esta obra
Aqui podes ver um filme explicativo da obra


Milão é também o lugar da Pinacoteca de Brera (www.pinacotecabrera.org) uma visita imperdível e um dos meus quadros favoritos “O Beijo”. Ah Ah Ah quem não gosta de beijos…
Clique na imagem e veja o quadro em alta definição.
 O Beijo, de Francesco Hayez

sábado, 22 de julho de 2017

O glúten e as surpresas picantes :)

Sendo intolerante ao glúten, a minha viagem de bicicleta para Santiago de Compostela colocava-me algum receio. Com o tempo foi-se esvanecendo. As surpresas agradáveis surgiram a pouco e pouco.


Logo no Hostel, onde fiquei a primeira noite em Burgos, preparam-me um jantar de vegetais cozidos e salada, dois pratos cheios de coisas boas e fortificantes. Quem pensa que comer vegetariano é passar fome está bem enganado, aquele foi um bom exemplo.
Foi em Hornillos del Camino que comecei a conhecer as belas sopas do norte do país irmão. Uma sopa que levava feijão, grão, batata, tipo guisado, saborosíssima. Não só saborosa mas também com excelentes capacidades de reposição de hidratos de carbono e energia.
O prazer foi maior porque fui atendido de forma bastante simpática por uma linda mulher que me fazia tirar os olhos do prato para mandar uns mirones. É claro que a minha beleza também produzia os seus efeitos, pois, nas moscas 😉 Bem, passada esta “boca machista” volto à gastronomia. O preço do almoço não chegou a 7 euros.

Astorga foi uma excelente surpresa em todos os aspectos, ou quase. Tinha ajudado dois ciclistas galegos, com fitas Aptonia e pomada analgésica; ao chegar a Astorga ofereceram-me almoço mas na pizaria onde queriam ir não havia sem glúten. Quiseram levar-me a outro lado mas disse-lhes que não. Encontro “La cocina de la Abuela”, isto deve ser bem penso. Não me enganei. Ainda antes de escolher meto conversa com um casal de namorados. Não queria empatar a “marmelada” mas é sempre bom perguntar conselhos aos locais. Dito e feito, comi o que eles escolheram, um excelente prato de enchidos e uma daquelas sopas que ficamos com força para subir paredes, esta era uma espécie de tripas à moda do Porto.






Ou quase porquê. Sem pó para hidratar espero mais de duas horas sentado à porta de uma loja de bicicletas: Não queria arriscar pedalar sem estar prevenido,o calor era muito e esperava-me ainda uns bons kms. Abriu às 17.30h, grande sexta dormiu o homem!!!
Pergunto-lhe… Não tinha. Mandou-me para uma ervanária que afinal até à hora de almoço estava aberta. São as surpresas que fazem a graça da viagem, lol. Compro 4 tubos de isostar e sigo viagem.
Outra refeição digna de nota foi num hostel em Rabanal del Camiño. Um excelente, fausto e variado pequeno almoço composto de cereais sem glúten, frutas, pão sem glúten, doces variados, leite, café, queijo caseiro, enchidos, iogurte… Tratei-me bem...


Uff foi difícil comer aquilo tudo, mas como tinha muitos kms pelo caminho lá fiz o esforço 😊

Outra excelente surpresa foi em Portomarín onde passa o “nosso” rio Miño. Cheguei cerca das 14horas, o calor era muito e já tinha uns bons Kms nas pernas. Subo à pequena cidade, vou pela rua central onde se fixam muitos restaurantes(…) vou pedalando devagar (…) às tantas começa um cá um cheirinho a pizza. Rogo umas pragas à dermatite mas vou-me aproximando, “pizzas sem glúten” dizia. Parei logo a bike e sentei-me logo numa mesa. Um jovem funcionário vem ter comigo e peço uma das grandes. Pergunta-se o que beber… Respondo-lhe: se tivesse também cerveja sem glúten é que sabia bem! Claro que sim, respondeu. Venham fresquinhas...




Apeteceu-me dizer: vivo num país atrasado. Aquelas cervejinhas e a pizza souberam-me muito bem, há dois anos que não lhes tocava…

O moço ainda voltou a perguntar: nem a Superbock tem? Deve ter ficado mesmo convencido que vivemos num país atrasado… Talvez não se tenha enganado muito!

Duas belas trutas do rio foi o meu jantar em Herrerias. Decidi acompanhar com um bom tintinho. Bem satisfeito fiquei à conversa com as moças, elas falavam uma espécie de língua mista com calão local, era uma mistura de galego, castelhano e palavras da zona do Bierzo. Foi um divertimento, até porque já conhecia algo das suas tradições e aspirações. Por duas vezes representei o Bloco de Esquerda no congresso do Bloco Nacionalista Galego e no Dia da Pátria Galega e nos encontros e jantares das representações internacionais já tinha tido falado com eles. Pessoas interessantes...

Pronto, tempo de retomar o Caminho.

Aqui a bike foi ao banho, mas eu safei-me :) 
Em Melide foi a última noite antes de Santiago. Mais uma bela sopa, um bife gigante. Aproveitei para lavar a roupa na máquina da pensão. A surpresa foi matinal, acordo com gritos e gemidos, no quarto ao lado havia acção intensa. Coitado do ciclista 😊 Nada a fazer, toca de levantar e começar a preparar as mochilas e equipamentos. Ao pequeno almoço desvenda-se o segredo: uma senhora dos seus 40 anos senta-se na mesa de outra. A companheira ralha pelo tempo que tinha estado à espera dela, mais um pouco um individuo escapa-se furtivamente por uma porta; tinha havido encontro “imediato do terceiro grau” 😉por certo abençoado por Santiago. 👍

O Caminho tem destas coisas, as coisas da vida, as coisas das pessoas!

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Museu de Marinha, aos Jerónimos, Belém, Lisboa. A não perder.

Camarinha do Rei
O regresso das entradas gratuitas nos museus foi mais uma pequena conquista. 
O museu de Marinha, nos Jerónimos, Lisboa, merece uma visita. Acresce que ali ao lado está o Planetário que é também uma visita a não perder.
Fiquemos hoje pelo museu.
Nele poderá observar barcaças reais recuperadas e em tamanho real, belíssimas miniaturas que detalham navios históricos e feitos de aquém e além mar.
O museu merece a sua visita, não perca. Mais informações em http://ccm.marinha.pt/pt/museu/sobrenos/omuseu
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​"Por decreto de 22 de julho de 1863, foi criado o Museu de Marinha, por iniciativa de D. Luís. O pai deste monarca, o rei-consorte D. Fernando II era bastante interessado por questões culturais, tendo certamente procurado incutir esse gosto nos seus filhos. O seu filho primogénito, D. Pedro V, demonstrou, no seu curto reinado, um elevado interesse pelas questões culturais e artísticas. D. Luís, como filho segundo, seguiu a carreira das armas, como oficial de Marinha. Porém, a morte prematura do irmão levou-o a abandonar essa carreira, tornando-se rei. O seu profundo conhecimento da realidade naval, por um lado, e a elevada cultura que possuía, por outro, permitem perceber a criação do Museu de Marinha durante o seu reinado.
O Museu deveria ficar instalado junto da Escola Naval e teria uma função essencialmente didática. Para constituição do espólio inicial do Museu de Marinha foram recolhidos os modelos de navios do Palácio da Ajuda, que D. Maria II doara à Academia Real de Guardas-marinhas. A Coleção deveria ainda ser enriquecida com peças da própria Escola Naval que já não eram usadas.
Em 18 de abril de 1916 ocorreu um incêndio na Sala do Risco, onde funcionava a Escola Naval. O fogo consumiu grande número de peças do espólio museológico. O Museu manteve-se em funcionamento junto da Escola Naval, exibindo aquilo que restou do espólio. Entretanto, foi conhecendo diversas designações. Em 1934 chamava-se Museu Naval Português e continuava a funcionar integrado na Escola Naval. Data deste mesmo ano a mais antiga referência à intenção de deslocar o museu para os Jerónimos (...)













segunda-feira, 17 de julho de 2017

Diários de Motocicleta - o filme apaixonante. Ernesto Guevara na América do Sul

8.000 km em 4 meses, método: improviso, equipamento: a poderosa...

A história do velho carteiro

Em Vilafranca del Bierzo opto por parar numa oficina /loja de bicicletas. Foi uma ótima opção, querem saber porquê?
Quem me atende tinha 70 anos, era um carteiro reformado, a bicicleta tinha sido o seu meio de transporte e trabalho durante dezenas de anos. Carregado de cartas e encomendas percorria as aldeias distribuindo as más e as boas novas. Percorreu-as numa velha "pasteleira" que fez questão de me mostrar, assim como pesados alforges de cabedal; à medida que as suas recordações saíam dos fundos do seu baú memorial a sua emoção aumentava. Fui ficando como ele.
Era um homem muito interessante, sofrera os tempos mais duros do fim da República e a ditadura fascista... 
Chega o filho, "é um especialista" diz. Explico-lhe o problema no desviador traseiro e deitou mãos à obra.
Volto à conversa com o "velho carteiro". Volto a recuar dezenas de anos. A sua simplicidade era contagiante. A bike ficou pronta e nós ficámos ainda à conversa...
Peço-lhe conselhos para a viagem... "Não suba O Cebreiro hoje, não vai conseguir fazê-lo ainda de dia" recomendou...
Paguei ao filho, pediu-me 5 euros, achei pouco, comprei gels mesmo não precisando, sentia-me em dever. 
Despedi-me do "velho carteiro" com um forte aperto de mão e um inevitável abraço. Éramos amigos de "longa data". Saio emocionado [ainda hoje o fico ao escrever estas notas], pego na bicicleta e retomo o caminho, pedalo cerca de 20 km e vejo a placa Ruitelan, estava quase.
Paro em Las Herrerias, o cansaço já imperava.
O trajeto tinha sido espetacular, tinha escolhido uns trilhos de opção junto a uma ribeira e mesmo o caminho junto à estrada serpenteava sempre o rio Valcarce.
A subida do dia seguinte, a mais dura de todo o caminho obrigava a descanso. 
Encontro uma pensão, faço o check in e dou de caras com uma revista que desconhecia "O guia do bicigrino". Acabou por ser uma boa ajuda.
Aqui fica o site e o link de descarga gratuita para o caminho francês.
"Nesta nova atualização temos colaborado com a revista BIKE e mostramos um guia prático para o Caminho de Santiago (Caminho Francês) com mapas detalhados, hotéis, pousadas, lojas de bicicletas, estágios proposta..."




Livro gratuito - destaque de lançamento blogueiro

DE MOTO PELA AMÉRICA DO SUL

"Alberto Granado, um bioquímico irmão dos amigos de escola de Ernesto, Tomás e Gregório, sugeriu que meu filho o acompanhasse em uma viagem através da América do Sul. Isso foi em 1951. Naquela época, Ernesto namorava uma jovem simpática de Córdoba. Minha família e eu estávamos convencidos de que ele iria se casar com ela. 
Um dia, ele anunciou: “Estou partindo para a Venezuela, pai”. 
Pode-se imaginar minha surpresa quando lhe perguntei quanto tempo ficaria longe, ao que ele respondeu: “Por um ano”. 
“E quanto a sua namorada?”, perguntei. 
“Se ela me ama, vai esperar”, veio a resposta. 
Eu já estava acostumado com os entusiasmos repentinos de meu filho, mas sabia também que ele gostava muito da jovem e pensei que isso faria diminuir sua sede por novos horizontes. Fiquei intrigado. Não conseguia entender Ernesto. Havia coisas sobre ele que eu não conseguia penetrar. Coisas que só se tornaram mais claras com o passar do tempo. Eu não compreendia na época que sua obsessão por viagens era apenas outro lado de seu zelo pelo estudo. Ele sabia que, para conhecer realmente as necessidades dos pobres, tinha de viajar pelo mundo não apenas como turista, parando aqui e ali para tirar belas fotos e apreciar a paisagem, mas da maneira como ele fez, compartilhando o sofrimento humano encontrado em cada curva da estrada e procurando as causas daquela miséria. Suas viagens foram uma espécie de pesquisa social, saindo para ver o mundo com os próprios olhos, mas tentando, ao mesmo tempo, aplacar um pouco do sofrimento humano, sempre que pudesse". 
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Descarregue aqui: http://lelivros.stream/ ou diretamente aqui: http://lelivros.stream/book/baixar-livro-de-moto-pela-america-do-sul-che-guevara-em-pdf-epub-e-mobi/

domingo, 16 de julho de 2017

Porque decidi fazer o Caminho de Santiago?

"Viajar é a única atividade em que 
ficas mais rico gastando dinheiro"

1. Foi por fé que decidi fazer o Caminho de Santiago? Não. Queria fazer uma actividade diferente, cultural e até auto reflexão, desportiva em auto suficiência, nova, exigente fisicamente e enfrentar as dificuldades sozinho.
2. O Caminho é uma atividade religiosa? Para a maioria das pessoas sim; para mim, ateu, não. Mas gosto de estudar e compreender as religiões porque elas se ligam à história dos povos, às relações de poder, muitas vezes predominam-se como “ópio”sobre a razão e/ou determinam ou justificam guerras. Não me interessa decorar religiões, interessa-me percebê-las. Não acredito mas respeito. Já visitei muitas e muitas centenas de lugares de culto de variadas religiões.
Sendo, para muitas pessoas, um percurso de fé isso determina a forma como decidem fazer o caminho. Levado ao extremo isso pode conduzir a sacrifícios desumanos, à morte por exaustão, saúde debilitada (…) e há um nº significativo de pessoas que faleceram a fazê-lo. Há, até, muitas “sinalizações” disso mesmo. Perto de A Calzada (a cerca de 36km de Santiago) um jovem “caminhava” cambaleando, completamente exausto e desfigurado, possivelmente desidratado, em “farrapos”; parei a bike falei com ele, quis dar-lhe água e barritas, pedi-lhe para parar e dormir – nada aceitou – só queria andar. Insisti e voltei a insistir, sem resultado… 
3. É arriscado fazer o Caminho de Santiago sozinho? Um pouco! Por isso é necessário tomar cuidados, mas há muitas aldeias e apoios pelo Caminho. O Caminho é uma atividade secular e é hoje um negócio de suporte de e para muitos milhares de pessoas. Aí se incluem albergues, pensões, hotéis, restaurantes, aluguer de cavalos, táxis, bicicletas, carrinhas, clínicas, massagistas… Além de serviços de apoio social comunitário e/ou religioso.
4. Mas não tem mais riscos de bike? Tem. Para que vai de bicicleta, como fiz, o risco é maior e isso requer muita concentração, planeamento, análise de dificuldades, muitas e variadas ações preventivas, seguro de acidentes… Há sempre surpresas ao passar de uma curva, pedras, descidas ou subidas perigosas, possibilidades de quedas “barreira abaixo”, peregrinos parados no trilho a tirar fotos, animais… Mas a vida é feita de riscos, como costumo dizer o lugar mais arriscado que conheço é a porta da minha casa de onde me roubaram um carro…
5. O que preciso para fazer o Caminho? Em primeiro lugar decidires-te a fazê-lo – com antecedência. Nessa decisão tem em conta: i) o teu estado de saúde e capacidade física, ii) o teu tempo disponível, iii) a extensão e a forma de a fazer e iv) a capacidade financeira.
Decidiste fazer. Agora precisas de tempo para planeá-lo e treinar: usa a net para auxiliares as tuas múltiplas opções. Youtube e sites como bicigrino.com/en, gronze.com, editorial buen caminho (tem APP paga), caminodesantiago.consumer.es (revista Eroski) tem APP grátis, Walk and Talk No Caminho de Santiago, Viajar pela Europa - Caminho de Santiago, Tudo sobre o Caminho de Santiago ( Especial Estadão ), Tours Caminho de Santiago, Portal do Peregrino de Santiago, Peregrino Oswaldo Buzzo, O Meu Caminho, O Caminho de Santiago, Mundicamino, Meu Caminho de Santiago, Estadão - Especial Santiago de Compostela, Dicas do Caminho de Santiago, Diario de uma Peregrina, Caminho de Santiago - As Cidades do Caminho Francês, Caminho de Santiago de Bike, Caminho de Santiago, Caminhando eu vou, Amigos do Caminho, AAPCSC - Associação dos Amigos e Peregrinos do Caminho de Santiago de Compostela, AACS ( Associação Brasileira dos Amigos de Santiago ), A Caminho de Santiago ou A Caminho de Compostela
Prevê os transportes de ida e vinda, consulta a Renfe e a CP (mas os comboios são complicados para as bikes) mas há um autocarro (penso diário) de Santiago para Lisboa, parando em cidades mais importantes (eu vim nele até Fátima). Regista-te, por exemplo, no blablacar e explora-o, foi assim que fui para Burgos.
Nos sites e blogs encontrarás opiniões e sugestões de toda a ordem. Escolhe as tuas… Usar a net é começar a construir uma estrutura mental de viagem.
As minhas opções foram ir de bicicleta, sozinho, sem mapas, sem gps, só seguindo as setas amarelas; perguntei umas 30 ou 40 vezes, meti conversa com as pessoas e fui com espírito positivo. Levei o mínimo peso possível – é que foi preciso puxar por ele. Fecha tua roupa em sacos Zip&Go, pões-te em cima dele e fechas o fecho, o saco fica reduzido a tamanho mínimo e a roupa protegida de água e pó.
Foge das temperaturas mais extremas (o calor foi a minha maior dificuldade), bebe bastante água, mesmo antes de teres sede e com pó ou pastilhas de hidratação, alimenta-te bem, usa gel e proteínas, usa recuperador logo no final da etapa, faz alongamentos, no fim deita-te um tempo com as pernas um pouco levantadas, faz quiromassagem antes de ir (eu dei-me óptimo aqui: https://www.facebook.com/quiromassagemgustavofaria/?fref=ts ), dorme bem.
Leva um picelinho, limpa e lava a bike com frequência, usa óleo, spray ou cera de lubrificação para as partes móveis, reparadores de furos, pneus com líquido reparador já metido; sugiro alforges e não mochila para baixar centro de gravidade e ajudar nas subidas porque o pneu agarra mais à terra… Há vídeos muito ÚTEIS no youtube / pedalaria aqui: https://www.youtube.com/watch?v=UYXGE4d426s 
Diverte-te, vais encontrar lugares e paisagens maravilhosas, conhecer mais da cultura e da história, o teu pensamento vai abrir-se mais ao mundo e a realidades que desconhecias, vais encontrar pessoas simpáticas com quem conversar, vais suar e cansar-te mas isso vai saber-te bem… Vais ficar mais forte!
Além disso, viajar é a única atividade em que ficas mais rico gastando dinheiro!

(Esta viagem foi feita na páscoa de 2017)



León, a "loucura" da procissão de páscoa

As fotos "mais religiosas" do Caminho de Santiago: quatro fotos da procissão de León com as tradicionais confrarias transportando pesadíssimos andores e imagens da Catedral de Astorga e Santiago. Construída sobre outras, a atual é do século XV, é dedicada a Stª Maria e sede episcopal. As suas fases de construção mostram estilos e arquitetos distintos: algumas naves e capelas em estilo gótico, algumas outras em estilo renascentista e a fachada principal em barroco, reconstruída sobre a anterior no século XVIII em estilo barroco. E um curioso, talvez único, relógio que funciona segundo as fases da lua [segundo percebi] e marca as 24 horas do dia. Segue-se uma foto do palácio episcopal do grande Gaudí. Por fim algumas fotos do interior da Catedral de Santiago.

Diz a wikipédia:
"Leão (em espanhol: León; em leonês: Llión) é um município da Espanha, capital da província homônima, na comunidade autónoma de Castela e Leão, noroeste da Espanha. Tem 39,2 km² de área e em 2016 tinha 126 192 habitantes (densidade: 3 219,2 hab./km²).[1] É o município mais populoso da província, perfazendo um quarto da sua população.[2]
Leão é famosa por sua catedral gótica, e por diversos outros monumentos e edifícios, como a Basílica de Santo Isidoro, onde está o Panteão Real, o mausoléu ricamente decorado no qual foi enterrada a família real do reino medieval de Leão (Leão), e que também possui uma das melhores coleções do mundo de pinturas românicas; a Casa de Botines, uma das primeiras obras do arquiteto catalão Antoni Gaudí, ocupada atualmente por um banco; o Mosteiro de São Marcos, originalmente a sede da Ordem Militar de Santiago, construída no século XVI; ou o novo MUSAC, Museu de Arte Contemporânea de Castela e Leão.
Conhecida por suas fiestas, como as realizadas durante a Páscoa, as procissões realizadas em Leão foram declaradas de Interesse Internacional, e, nestas datas, visitantes de diversas partes do mundo visitam a cidade e participam de suas tradições."


(Fotos de telemóvel)





O começo das partilhas: "Caminho de Santiago"


Astorga
"Bom Caminho", é das expressões que mais ouvi neste sete dias bicicletada e um de caminhada. Tod@s desejam "bom Caminho" a tod@s, é o espírito de Santiago ou - com mais rigor - o espírito do Caminho. Nos sete dias que passei puxando a bike fui encontrando e fazendo amigos - mas sempre fugazes -, o espírito do Caminho é continuar, mas há sempre boas estórias que fazem a história e a experiência de cada um.
É muito diferente fazê-lo a solo, onde tudo ou quase depende de ti, ou fazê-lo em grupo. As duas coisas são boas, mas diferentes.
Já depois de ter chegado ao Albergue Menor de Santiago falei com @s amig@s pace.makers que faziam o caminho português a pé.
Apanharam-me em Santiago e recomecei o Caminho, agora a pé, para fazer mais 23km. 
Foram mais horas de diversão e convívio com bons amigos e amigas!
Aqui se reforça a motivação da partilha pelas viagens e conhecimentos dos povos.
Foto de Rui Marçal ( https://www.facebook.com/rpamarcal )

Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...