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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Volta à Escócia


A volta à Escócia de maio e junho foi uma viagem maravilhosa. Talvez por isso tenho tido dificuldade em encontrar a melhorar maneira em partilhá-la convosco.

Optei por um texto que resume "tudo" e tente ser motivador para quem não viajou ainda em bicicleta.

Em breve cá estará.

monte Quiraing

Inverness

casa típica no campo de batalha de Culloden Battlefield

Castelo Dunnottar

Vítor Franco

quarta-feira, 16 de março de 2022

Histórias com GENTE dentro

Saída de Narbonne

Há dias que nunca se esquecerão! Esses dias representam o futuro da humanidade. Perceberão no fim do texto.

A chegada ao Porto de Narbonne tinha sido um bálsamo, tinha batalhado duro contra o vento para visitar à abadia de Fontfroide, o "camping" estar fechado foi uma sorte. Encontrei dormida num pequeno hotel no centro da cidade. Tomei banho, comi o que restava, segui para visitar o centro histórico. Eis que começa uma carga de água que deve ter durado toda a noite. Devo ter dormido umas 10h... Quando acordava era com o barulho da chuva forte. Às 9h da manhã ainda chovia. Preparei o poncho, deixo abrandar e mesmo sem comer meto-me pelo canal de Robine para voltar ao Midi.

Lama + lama, chuva + chuva... A dado momento uma vedação e um sinal de obras corta o caminho, volto para trás... Apanho uma saída para uma estrada e sigo em direção à Cuxac-d'Aude na esperança de lá encontrar um café ou supermercado onde comprar comida.

Ledo engano... Volteei por ruas e ruelas, perguntei e perguntei, a resposta era sempre a mesma "é difícil"...

Pensei seguir para Capestang e assim evitar entrar na lama, pergunto a uma senhora por um café e a resposta foi: "venha comer a minha casa"! Pensei que tinha percebido mal e agradeço mas só queria uma indicação de algum estabelecimento mais próximo. A senhora insiste: "moro aqui, vou abrir a garagem para a bicicleta não ficar à chuva" e foi logo abrir a garagem...

Aceitei a graça concedida. Descalço as sapatilhas cheias de lama e as meias vão deixando o rasto molhado. Manda-me sentar a mesa, apresenta a filha e o gato e traz meia pizza... Eu que não posso comer glúten, devorei a pizza… Depois bebi duas canecas de café. Ofereceu fruta e iogurte, agradeci, mas já estava bem. A conversa desenvolve-se bem com a filha, veterinária, e ela. Falámos de viagens em bicicleta e em moto, de associativismo social, em francês e em espanhol, como dava... Tirámos uma foto para mostrar ao marido e ofereci préstimos em Portugal.

Antes de sair "exigiu” que eu trouxesse 4 bolos da kinder, aceito e volto a agradecer.

Nem 10 km passados já os bolos começavam a estimular o palato :) . Em Capestang retorno ao Canal du Midi e volto à lama. A partir de Colomniers surge uma belíssima Ecovia.


Pelo caminho há encontros: um velho que morava no próprio barco quis saber o que andava a fazer e contou-me histórias de imigrante na América do Sul, um jovem meteu também diálogo na curiosidade de um velho português por ali, uma ciclista alemã pede informações: estava a fazer o Midi em sentido inverso; mais uma hora de conselhos e conversa...

Tenti passar pelo Túnel de Lamas mas as barras de ferro impediam-no...

São já 17h quando chego às lindas e famosas 9 Écluses deFonseranes.

Um grupo de franceses mete conversa... Falámos da viagem, do que conheciam em Portugal, de ser reformado :) ...

Quando digo que penso chegar a Séte desaconselham, ainda faltavam uns 50 kms... Uma senhora puxa do telemóvel e começa a procurar alojamentos... Falo em hostel... Devem ter pensado que eu não tinha dinheiro, pois começaram a dizer-me que davam se fosse preciso... Devia estar mesmo com cara de "portuga" abandonado!

Agradeço, volto a agradecer, tiro duas fotos ao canal e sigo para Béziers...


Procuro o Ibis e cá estou...

Há dias que não esquecerei. Acima de tudo valem para mostrar a todos nós que a esperança na humanidade deve estar no centro da nossa vida.

O mundo não é a perceção de violência e desconfiança que as TVs transmitem, apesar da invasão da Ucrânia. Os povos podem gerar solidariedade com imigrantes ou pobres ou, simplesmente, entre todos nós.

A comunidade pode ser isso mesmo. Marx e Engels também lutaram pelo crescimento da "Liga dos Justos"... Liga dos Justos! Sim, justiça! Sim solidariedade! Sim paz! 

Hoje [4 de outubro de 2021] choveu torrencialmente, mas o sol brilhou e até se pôs em tons vermelhos!

Quando pessoas que nunca te viram, te acolhem dois dias em sua casa, te levam a passear à linda aldeia  medieval de Minerve e às gargantas do rio Cesse

Texto editado a partir do texto original.
Vítor Franco

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Para abrir o apetite. Canal du Midi 2

O Canal du Midi é uma excelente viagem para se fazer de bicicleta, de barco ou até a pé. Quem não puder, pode fazê-lo de carro mas fica privado de muita beleza.
Percorrer o canal é também uma visita à história dos cátaros e ao seu extermínio pelas invasões das cruzadas da igreja católica romana, à fuga de centenas de milhares de republicanos espanhóis dos assassinatos em massa feitos pelas tropas de Franco, à história e à beleza de Toulouse, Carcassonne, Séte...
Percorrer o canal é perceber como uma excelente ideia do século XVII pode ser hoje património mundial e um exemplo da proteção da natureza e do turismo sustentável.
Nas próximas publicações detalharemos as belezas...
À saída de Toulouse




O Canal passa por cima do rio






Outubro de 2021
Vítor Franco

terça-feira, 7 de setembro de 2021

De bicicleta em Porto Santo, dia 2



Com um atraso mas cá vai.

A ilha tem mais atrativos do que o se pensa. É preciso fazer devagar e apreciar.  Reserva da biosfera da UNESCO desde 28 de outubro de 2020 tem características próprias em que a [falta de] água desempenha papel histórico.

De pouco ou quase nada resta dos fortes construídos para defesa da ilha, salva-se a ida ao Forte do Pico da Ilha do Porto Santo.

Podia fazer-vos um descritivo, hoje não eh eh eh…

Deixo só as fotos para vos aguçar o apetite…


















Vítor Franco







segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Chegou o n.º 2 da Revista de Cicloviagens


Chegou o n.º 2 da Revista de Cicloviagens. São 98 páginas de boa informação sobre variados aspetos das cicloviagens no mundo. Excelentes fotos, bons artigos e entrevistas. 
A Patagónia está em destaque nesta revista gratuita, se não pode ir visitá-la, leia a revista ;) 
A não perder!
Descarregue a revista clicando aqui.


terça-feira, 4 de maio de 2021

De bicicleta em Porto Santo, dia 1

Manhã cedo apanho o barco da Porto Santo Line. O Lobo Marinho é um barco agradável com tripulação simpática. A época é baixa e leva pouca gente, eu gosto mais assim.


A pouco e pouco vejo desaparecer a ilha da Madeira e a sua Ponta de S. Lourenço, local de bela caminhada. No horizonte o Ilhéu da Cal clama pelo grito “terra à vista”! Chegado ao porto, de Porto Santo, observo a saída de carros, camiões, motorizadas e gentes carregadas…

Deixo sair quase toda a gente, pego na mochila e desço. Tomo o mini autocarro com destino à vila, perdão cidade, mas Vila Baleira de seu nome. Desço na última paragem, observo… Idosos trocam conversa entre cigarros, uma empregada espera clientes à porta do café, vejo o posto de turismo e dirijo-me lá… O funcionário desentorpece, dá-me o mapa da ilha e pouco mais…

Procuro uma loja de bicicletas e alugo. Monto direto ao Inatel.

Lugar calmo numa já calma cidade com nome de vila, o Inatel fica às “portas” da praia da Calheta. Arrumo as coisas e dou um salto à praia de fama curativa.

O primeiro dia na bici, como lhe chamam os castelhanos, é para descobrir a Praia do Zimbralinho, voltar à estrada de “gravel” e rumar ao miradouro do Furado Norte, dali subir ao Pico do Espigão [uff, a bici ficou no caminho que era subir “a pique”], voltar ao alcatrão com destino ao Pico Ana Ferreira.

O acesso ao Zimbralinho estava cortado mas deu para uma boa “chapa”. É uma praia muito pequena mas bonita.

O miradouro do Furado Norte, na arriba costeira de Morenos, é um local muito bem tratado com umas vistas esplêndidas e com um bonito parque de merendas.


Do miradouro segui ao Pico Espigão. É um lugar muito interessante. Trata-se de “forma de relevo alongado que chega aos 270 m” tendo na sua “cumeeira um magnífico filão de rocha rara o mugearito”; um bocadito mais velho que eu: mais de 12,5 milhões de anos… Lá de cima vê-se a ilha dos dois lados.

Descendo o pico e tomando o alcatrão, segui à esquerda rumo ao campo de golf. Continuando tens acesso a uma formação geológica, de estrutura colunar prismática, a que chamam “Piano”. Segundo a descrição no local “as rochas encaixantes são depósitos vulcanoclásticos e lavas submarinas pertencentes à fase da montanha submarina”… A não perder!

É tempo de descer… Vai um mergulho na água quentinha na praia do Combro?

Vítor Franco

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Viajar de bicicleta com crianças, na Rota dos Sete Lagos

A revista Bicicleta, publicada no Brasil, mas com acesso gratuito via issuu [clique aqui] celebrou o seu nº 100 com interessantes matérias. Destaque para um casal que resolver fazer a Rota dos Sete Lagos, dos Andes e desse destaque damos aqui relevo.

Interessante também a entrevista a três mulheres ciclistas e ainda as "Apertos que valem a pena" na costa do  Uruguai. Há também novidades sobre bicicletas elétricas.










Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...