segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A beleza imperdível do Egipto antigo em Turim e os palácios de Sabóia

Há lendas que se tornam realidades, mitologias que movem milhões de pessoas, símbolos que se tornam deuses...
O museu da antiguidade egípcia de Turim (clique aqui para aceder ao site) é o mais importante do mundo, naturalmente depois do museu do Cairo. 

O seu extraordinário acervo é o fruto de um intercâmbio entre a universidade que coloca equipas de investigação de Turim no Cairo. 

Essas equipas deram um contributo precioso para a descoberta de diversas preciosidades que fazem a paixão mundial pela história e arte do Egipto antigo e por isso se diz que “a estrada para Mênfis e Tebas passa por Turim”. Só este museu merecia a nossa visita e assim fizemos.

Como não sou um egiptólogo não me atrevo em descrições pormenorizadas e deixo a vossa curiosidade à descoberta virtual do museu através deste link clicando aqui.

Objetos de cerâmica de rainha Nefertari (XIX dinastia, 1292 a 1186 a.C),
 
 


uma reprodução da sua tumba, estatuetas representativas de sacrifícios ao deus Amon di Tebe,
de Afrodite a deusa do amor e da maternidade,
modelos de embarcações que representavam os funerais (onde a mulher seguia numa outra embarcação),


objetos de vestuário e calçado como sandálias de folha de palma,





objetos de uso diário como camas, estelas dedicadas a vários deuses (onde se inclui a cobra),


espetaculares livros (rolos de papiro) dos mortos,

Esta foto é má, devido aos reflexos do vidro, mas conheça aqui toda a deliciosa história do Livro dos Mortos
vasos funerários (onde se depositavam e guardavam os órgãos humanos como pulmões, coração, intestinos, estômago, etc, retirados para o corpo ser embalsamado),

múmias e corpos embalsamados de crianças a adultos, sarcófagos com lindas pinturas ainda hoje conservadas, grande destaque para o sarcófago de Di Kai e a reprodução da sua tumba / pirâmide, cenas da vida diária…







Uma excelente cópia da pedra de Roseta (que um texto de um decreto sacerdotal do faraó Ptolomeu V, do séc. II a.C e a partir da qual se conseguiu decifrar os hieróglifos que compõem as “línguas faraónicas” através do cruzamento desta língua no tempo do Egipto antigo, com o demótico língua do Egipto tardio que foi até Ramsés XI, 1100 -1070 a.C e com o grego antigo). 

O original da pedra de Roseta está no museu britânico, em Londres, onde a pude observar ao vivo. Um museu, também ele extraordinário, com preciosidades "roubadas" pelos ingleses um pouco por todo o mundo. Clique aqui e leia a interessantíssima história da pedra de Roseta.
Depois da visita ao museu ainda deu tempo para visitar as residências da Casa de Sabóia, um conjunto de palácios declarados Património Mundial da Humanidade pela Unesco. Dos palácios dos Príncipes de Sabóia apenas visitámos o Palazzo Reale di Torino  (onde as fotos me foram proibidas e só consegui tirar duas à socapa)


e bisbilhotámos o Palazzo Madama 









Um dia em cheio que começou bem cedinho e acabou muito tarde.

Outro motivo de interesse foi a visita a uma igreja católica mas de rito bizantino.
Igreja de S. Miguel Arcanjo
Turim é uma cidade que merece vários dias de visita, mas só tinha um. Para que não perca boas fotos e boas informações clique aqui e veja o blogue da Paula ou aqui e veja a descrição da wikipédia italiana.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Lago Como, no sopé dos Alpes a beleza de um lago e uma pequena cidade

Quem visita Milão ou o norte de Itália gostará de ir ao Lago Como. Um dos lagos mais fundos, 410m, da Europa é local de grande beleza e “senhor” de grandes mansões da burguesia europeia e de artistas de renome.
maps google
Bem pertinho da Suiça, a cidade de Como fica a 6 km da cidade de Chiasso [já em território suíço] o lago recebe o degelo dos Alpes e nele viajámos em carreiras de transporte público regular de custo acessível.









Já conheciam o helicóptero que amara?



Da cidade de Como podemos ainda aproveitar o funicular que sobe a Brunate e dali apreciar a beleza das paisagens alpinas.

Da estação central de Milão apanha-se o comboio para Como e nele pode-se voltar ao fim do dia. Atenção: é sempre preciso validar o bilhete mesmo que comprado na bilheteira da estação pois as multas podem ser pesadas. Sabem o que nos aconteceu?
Eu e a minha mulher tínhamos nos esquecido de validar o bilhete na viagem de regresso. A dada altura dá-me vontade de urinar e vou ao WC. Aparece-lhe o revisor que lhe diz que o bilhete não estava validado. Está, não está, está, não está (…) até que a Luísa lhe diz que o marido tinha ido ao WC [no andar superior]. Quando saio do respetivo o revisor estava à porta, pede-me o bilhete e diz-me que o bilhete não estava validado. Está, não está, está, não está [deve-se ter repetido o mesmo filme ☺] até que o revisor me pergunta:
- Você é o marido da portuguesa do andar de baixo?
- Sim. Respondi.
Respirou fundo e mandou-me para o lugar. Pronto, safámos-nos da multa ☺
Um dos melhores truques quando estás em viagem e cometes alguma infração é fazeres-te do “mais burro possível”, quanto menos pareceres compreender melhor e teimares sempre ☺… Digo eu…
Em Como tentei visitar o “Tempio Voltiano” dedicado a Alessandro Volta, o físico inventor da pilha [a tensão em nossa casa é de 220v, percebes a ideia?] mas estava fechado.

De realce o memorial à resistência europeia e às vítimas do nazi-fascismo, fuziladas ou mortas em campos de concentração.



A Catedral de Como, construída no século XV, de estilo gótico tardio tem uma fachada muito interessante sendo de destacar a “contradição” entre o seu estilo e o do Broletto e sua torre. Mas tudo muito bonito.



Clica aqui e vê uma descrição detalhada da catedral já traduzida em português.

Feita a visita ao pequeno centro histórico foi tempo de usar o mercado de rua e comprar comidinha.




Era preciso recuperar energias e calores. É que o tempo estava fresquinho ☺


Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...