quarta-feira, 17 de maio de 2023

Que perguntas lhe surgem?


 
O artigo desta semana é sui generis. Não, não vou escrever com expressões em latim, vou partilhar convosco algo novo. Então, é assim. As minhas crónicas demoram sempre várias horas a escrever [por vezes muitas] decorrendo da inspiração, das minhas idiossincrasias perante factos que por vezes nos devem fazer pensar, da necessidade de rigor ou confirmação de dados… Esta semana quase não é assim.

Começando. O fim de semana passado dediquei-o à Trienal de Arquitetura de Lisboa. É um fim de semana aberto a todas as pessoas, cheio de possibilidades de visita, desde monumentos a obras públicas e particulares normalmente não acessíveis, estimulando a comunidade a perceber os olhares e escolhas dos arquitetos. Uma feliz ideia!

Convido-vos a seguirem a página e não perderem as iniciativas do próximo ano.

As minhas escolhas recaíram nas obras de prolongamento do Metro de Lisboa, em particular em Alcântara, em casas particulares e no Observatório Astronómico de Lisboa.

Termino. Deixo agora a palavra a uma senhora que está “na boca do mundo”, a IA.

O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) é uma instituição científica localizada em Lisboa, Portugal. Fundado em 1861, tem uma longa história de contribuições para a astronomia e a investigação científica em Portugal.

O objetivo principal do Observatório Astronómico de Lisboa é promover a investigação astronómica e geofísica, bem como a disseminação do conhecimento científico no campo da astronomia. Ao longo dos anos, o OAL tem desempenhado um papel importante na investigação e observação astronómica em Portugal, bem como na formação de astrónomos e cientistas.

Uma das características mais emblemáticas do Observatório é o seu edifício principal, localizado no topo do Parque Florestal de Monsanto, proporcionando uma vista desimpedida do céu. O edifício abriga uma variedade de telescópios, instrumentos e equipamentos de observação astronómica. Além disso, o Observatório possui também um planetário e um centro de divulgação científica, onde são realizadas atividades educativas e eventos para o público em geral.

O Observatório Astronómico de Lisboa está envolvido em várias áreas de investigação, como astrofísica, cosmologia, dinâmica estelar, sistemas planetários e estudos sobre o Sol. Os seus investigadores e cientistas colaboram em projetos de investigação nacionais e internacionais, contribuindo para o avanço do conhecimento científico no campo da astronomia…


Retiro a palavra à minha convidada, a IA.

A IA é a inteligência artificial, no caso o ChatGPT, que me escreveu o texto [em itálico], em segundos. Segundos que podem substituir horas de pensamento, investigação, escrita e correção de texto. Isto é bom?

A resposta é difícil, à partida parece que sim, mas… Se mais pessoas quisessem escrever sobre o OAL os textos seriam iguais ou quase… Se uma turma de alunos for mandada fazer um texto sobre um tema o ChatGPT pode “resolver” em segundos o que deveria ser a investigação dos alunos, a procura, a reflexão, a escolha das abordagens, o trabalho de equipa (…) o desenvolvimento do espírito crítico do aluno…

É verdade que a inteligência artificial já entrou nas nossas vidas em muitos aspetos. Entendo que as novas tecnologias devem estar ao serviço do ser humano, mas dá que pensar quando um desenho criado por IA ganha um concurso de arte. Como ficará a arte, a engenharia, a arquitetura, a imaginação, o empoderamento humano com a inteligência artificial? Há tantas perguntas por fazer…

Vale a pena refletir sobre isto tudo, eu não tenho conclusões, só algumas poucas perguntas. Que perguntas lhe surgem?

Consta que Albert Einstein dizia "Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas."

Vítor Franco

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