"Gente do nosso pano"* pode intitular-se a nota
deste dia.
A gente sem nome que colocou à beira do Caminho um cesto de
fruta, sumos, leite, café, água, tudo gratuito, sem ter sequer uma caixinha
para moedas. Não quis tirar nada pois tinha comida e podia fazer falta a quem
viesse atrás.
A gente, Florbela
Afoito e Jorge
Salgueiro ,que me deram um planeamento detalhado que está a ser
imprescindível para este desafio, também é do nosso pano!
"Gente do nosso pano" é também o título feliz de
uma peça de teatro escrita e encenada pelo amigo José
Gaspar [tb é do nosso pano] a quem roubo este título. É que não encontrei
ideia tão bonita quando vi o cesto das frutas...
Por fim, o dia começou "lindo" quando chego à
bici, de manhã, e os pneus estavam vazios. Os bicos da rocha xisto tinha-me
furado os dois pneus em vários lugares. Reparado o que foi possível lá fui a
outra localidade onde coloquei novas câmaras de ar - com líquido - anti furos.
As velhas ficaram de reserva.
O céu vermelho da véspera já tinha anunciado mais um dia de
calor e ele veio.
Ao fim do percurso veio uma prenda: uma bela figueira
carregadinha a oferecer-me num largo sorriso. Contrariado lá parei, toca de
comer figuinhos, alguns tinham bicho mas eu solidário com a figueira comi tudo;
da próxima vez as lagartas já não se metem com aquela figueira senão já sabem o
que lhes acontece.
Amanhã há mais!
Vítor Franco