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sábado, 7 de janeiro de 2023

Novidades em percursos em BTT na Costa Vicentina

Olá
Aqui e aqui abordei a Costa Vicentina como uma boa opção para viagens em bicicleta, no meu caso sugiro BTT.
O site que promove a Costa traz agora mais soluções e propostas que entram pelo Alentejo adentro.
Sabem que mais: estou com vontade de ir!
Vejam as novidades.

sábado, 16 de junho de 2018

Sugestões de planificação de uma ciclo viagem

Uma ciclo viagem necessita sempre de preparação pois os imprevistos podem surgir quando menos se espera. 
Antes de ir defina a essência dos seus objetivos, seja flexível mas construa uma programação mínima. Investigue, pesquise, use a net, procure blogues ou sites, pense...
O fundamental é construir perguntas sobre a ciclo viagem, antes e durante. Em qualquer momento, faça previsões sobre qualquer circunstância, tenha a palavra chave segurança no centro da previsão e da concretização da ação. Uma questão banal que pode ter consequências: vazar água num bidon, se ele não estiver estável e cair você pode ficar sem água e sofrer desidratação por isso.
A queda da bike é o acidente mais comum, mas muitos imponderáveis podem surgir: furos, pequenos acidentes, perder-se no caminho, ficar sem água ou sem comida... Eu não uso tubless mas câmaras com líquido anti-furo. Uso ainda adaptador num dos lados de pedal de encaixe, assim tanto pode pedalar com sapato de encaixe como com sapatilha.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Rota Vicentina: aventura na beleza ou a beleza da natureza

Nos dias 8, 9 e 10 dezembro participei com um grupo de novos amigos nesta rota em regime de auto-organização. Foram 3 dias cheios de convívio com a natureza e com a amizade.
A rota está perfeitamente documentada em site próprio: http://pt.rotavicentina.com/ e pode ser feita de várias formas com largo leque de apoios.
"São 110 km de costa selvagem e cerca de 75 mil hectares de área protegida, inseridos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, constituído por um conjunto variado de habitats, alguns deles ainda pouco alterados, onde ocorrem diversas espécies de plantas endémicas e um grande número de espécies animais, com destaque para os anfíbios, aves e fauna marinha.
Unida por duas regiões portuguesas de particular beleza, esta costa alia o romantismo e tranquilidade do Alentejo com a única faixa litoral do Algarve verdadeiramente genuína e selvagem. Natureza, ruralidade, autenticidade e um clima ameno, temperado por mais de 300 dias de sol por ano, fazem desta região um destino imperdível para os amantes do turismo de natureza", daqui: http://pt.rotavicentina.com/regiao.html.
A rota está bem marcada e será difícil alguém perder-se, mas ter gps ajuda.

O trajeto mais bonito [ainda mais bonito] é o Trilho dos Pescadores mas apenas pode ser feito a pé. Eu e mais 3 amigos optámos pela bicicleta pelo que seguimos outros trilhos, autorizados, mas tentando mantermo-nos próximos do pessoal do “ultra trail”.
A Rota Vicentina está já a adquirir um forte prestígio internacional que se comprova pelo elevado número de outras nacionalidades no trajeto e alojamentos.

Este percurso permitiu-me ainda observar uma realidade negativa: a invasão de espaços protegidos por veículos motorizados e pequenas auto-caravanas desrespeitando e destruindo a natureza.
Foi ainda possível observar muitas pessoas trabalhando nos campos e estufas que se percebe serem de outras paragens; segundo a atenta e interveniente Associação Solidariedade Imigrante, indianos, nepaleses, paquistaneses, romenos, são vítimas de sobre-exploração e tráfico humano.

A nossa aventura

Muitíssima bem organizada pelos amigos que puseram mãos-à-obra e com dois carros de apoio os 200km foram feitos com ânimo e satisfação. Estávamos divididos em três grupos: BTT, apressados e lentos em trail.
A primeira etapa, de Santiago do Cacém a Almograve, foi essencialmente pelos trilhos oficiais, foi o dia “parte-pernas”: muitas subidas e descidas,

alguns trilhos técnicos, passagens de ribeiros [secos a comprovar a danosa seca que nos atinge], estradões e algum cuidado necessário a ramos de árvores no caminho.

À hora de almoço começou uma chuva miudinha que foi reaparecendo quase até ao fim. Cheguei à pousada da juventude de Almograve com muito frio e recorri a um banho de “quase meia-hora”.

A noite caiu fez-se hora de jantar, 12horas depois da partida, faltavam atletas. Os últimos, grupo de trail lento, lá chegaram, julgo, já depois das 21h…
- Então o que se passou convosco?
- Uma velhinha viu-nos a correr e chamou-nos para casa dela para comer uma canja quentinha! 😋 😋
A segunda etapa que ligou Almograve à Praia da Arrifana foi para mim o percurso mais bonito pois também é o mais próximo da costa.

O Fernando Palhim fez-nos uma partida: levantou-se mais cedo, limpou-nos as bikes e colocou óleo nas correntes, “valeu cara 😊”. Foi o dia de maior diversão para nós grupo de BTT. Inúmeras paragens em praias e miradouros, lindas paisagens, boa motivação que nos fez chegar um pouco “adiantados”.
Alguns percursos em areia a exigir-me mudanças baixas e força nas pernas e no guiador, subida do castelo de Aljezur uff, uff, mas também estrada.

Quem fez os 70 km desse dia em trail no trilho dos pescadores usufruiu das melhores e deslumbrantes paisagens, mas sofreu correndo imensos km em areia.



A noite ia já adiantada mas a bike ainda quis parar na Igreja da Misericórdia para uma foto!


Os grupos de trail ressentiram-se dos 70km do dia anterior. O grupo mais lento chegou já depois da meia noite e às cinco da manhã puseram-se de novo a correr... O cansaço era evidente em muitos mas a satisfação e o convívio suplantava as dores.
A equipa de apoio continuava a 200% cumprindo todos os pontos de abastecimentos e contato, correndo atrás e à frente para apoiar todos (BTT, grupo trail rápido e grupo trail lento), nada faltou incluindo comida e suplementos alimentares sem glúten.
Os 70km do terceiro dia foram os mais fáceis e o tempo para o convívio e descontração aumentou. Partida consumada lá fomos nós ao cafezinho e começámos a rota. Na chegada a Vila do Bispo a descoberta do snack bar Convívio em Vila do Bispo de ótima comida e simpatia fez o grupo de BTT parar e “curtir” um bom caldo verde. Qual “pássaro voador” logo chegaria o Luís Franco que “cheirou” uma feijoada de búzios 😊
O percurso de Vila do Bispo até ao Cabo de S. Vicente é de estradão fácil, o difícil foi vencer o vento. A 200m do Cabo, a dado momento olho para trás a procurar os meus companheiros, uma rabanada de vento apanha-me distraído e zás alaga-me da bike; nada de especial, serviu para nova diversão!
Mais umas paragens para fotos e vídeos, visita ao forte e esperar pelos “trailistas”. Os últimos chegaram já de noite, cansados mas felizes pelo feito conseguido. Fizemos a festa e até houve banho de champanhe.
O vento e o frio apertavam, estava na hora de regressar a Vila do Bispo, a janta esperava-nos. A festa tinha acabado e o caminho para Lisboa foi feito nos carros de apoio debaixo de chuva torrencial.
De quinta-feira para sexta tinha dormido em casa dos amigos Carlos e Lisa; obrigado pela vossa receção e simpatia. Cheguei a casa cerca das 4:30h da manhã, cansado mas pronto para outra!

Obrigado a quem tornou esta iniciativa possível: Luís Neves Franco, Joana Sofia Martins, Carlos Baptista, Lisa Mtvabreu V Abreu, Susana Castro, Rui Batista

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O que levei na bike:
Câmara de ar com líquido anti-furos e pneu e suplentes, remendos, cola, lixa, jogo de chaves, 3 sprays anti-furos, cadeado, bomba de ar, gps, conta km.

E na mochila:
Corta vento, impermeável, luvas, camisolas técnicas dentro de sacos zip&go para ir mudando e manter-me mais seco, sacos de plástico [daqueles fininhos do pão] que são ótimos para calçar por cima da meia e manter os pés mais quentes e secos em dias de chuva, folhas de papel de alumínio que punha por dentro e na frente nos sapatos de encaixe para manter os pés quentes durante mais tempo [friorento sofre], bateria de telemóvel e pilhas recarregáveis para gps.

Foram bons momentos e criei bons novos amigos. Espero não ter esquecido nenhum nas notas.
As fotos são em geral de telemóvel e algumas das minhas são do verão passado

Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...