sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023
Apreciem mais este número da revista Cicloviagem
Se há revista que merece ser lida, uma revista de qualidade, oferecida gratuitamente a todos e todas as amantes de viagens em bicicleta é a revista cicloviagem.
Partilhamos, com algum atraso, o último número, o 5º. Dá pelo nome de latitude.
Dizem os editores:
"¡Esta aventura nunca termina, y hoy les traemos nuestra 5.ª publicación! Estamos supercontentos y orgullosos de cómo ha quedado este número, al cual le hemos puesto mucho cariño y trabajo. ¡Ni que hablar de las y los excelentes colaboradores que han acercado sus historias, consejos, y fotografías para que cada página sea una bomba de emociones!
Pois vale a pena de se sentirem orgulhosos. Da vasta revista de 112 páginas destacamos apenas 3 excelentes trabalhos: viajar com animais, a senhora "idosa" do pedal e a cicloviagem pela Albânia.
A nós cabe agradecer o trabalho da revista e partilhar aqui o incentivo e o gosto pelas viagens de mobilidade lenta, em contato direto com populações e natureza.
Clique aqui e veja esta bela revista.
sábado, 7 de janeiro de 2023
Novidades em percursos em BTT na Costa Vicentina
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
Manuais de bicicleta de montanha e estrada
A net tem destas coisas, de quando em quando descobrem-se boas "ferramentas" de melhoria do nosso conhecimento.
Foi assim com o site archive.org. Imensos conteúdos gratuitos e prontinhos para a sua descarga. Aqui ficam duas sugestões. Ainda não os li, nem conferi a exatidão e rigor técnico (nem tenho conhecimentos para tal desiderato), mas têm tudo para ser uma boa opção de leitura e aprendizagem.
Manual da bicicleta de estrada, clique aqui. Manual da bicicleta de montanha, clique aqui. Estes links são para descarga em pdf mas no site pode escolher outras opções. Um site a explorar.
Vítor Franco
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
Porquê uma viagem pela Escócia em bicicleta?
Chegada, bicicleta depois de montada. |
Muitas pessoas perguntam se não tenho medo, costumo responder que o lugar mais perigoso é Santarém onde me roubaram um carro e agora a bicicleta de viagens e BTT. É claro que é preciso planeamento e preparação sobre a própria bicicleta, o percurso e visitas, as finanças, os hábitos e culturas, a saúde… Deixo ainda algumas sugestões preventivas à viagem.
Por fim, deixo-vos as minhas lindas imagens [gaba-te cesto roto que amanhã vais para a vindima J] e relatos diários – por link – dos 27 dias em viagem na Escócia.
Esta viagem foi uma realização pessoal. Também foi mais difícil porque comecei por fazer a maratona sem fazer recuperação posterior e porque apanhei muitos ventos contrários apesar de estar pensada para assim não ser.
Convido-vos a entusiasmarem-se!
1. Porquê a opção de viajar em bicicleta?
A cicloviagem é, para mim, um ato cultural. A deslocação é lenta, económica, propiciadora de contato e socialização com as vivências e comunidades locais. A mobilidade em bicicleta propicia o acesso e o conhecimento de locais e belezas só assim acessíveis. Cicloviante é um conceito e até uma identidade!
Cicloviajar implica previamente um esforço de reflexão, concentração, método e planeamento mínimo. Cicloviajar é uma forma de viagem que é independente do dinheiro da pessoa, embora lento é muito mais barato. Há um conjunto de conceitos culturais e solidários que se materializam, por exemplo, na rede mundial de ciclistas warmshowers. Apoio em dormidas e até comida, ajuda em itinerários ou dificuldades a enfrentar… Na preparação da volta à Escócia eu recebi dezenas de propostas e sugestões de cicloviajantes escoceses.
A mobilidade lenta tem impactos positivos nos lugares que se visita. Mais tempo de permanência na região, maior consumo de bens e serviços locais, mais ecológica, favorece o contato entranhado com a natureza, a proximidade e a diversidade das economias locais em vez das ondas [“bate e volta”] do turismo de massas. Esta forma lenta de viajar também impacta positivamente na necessidade de melhores transportes públicos locais, no comércio local, nos vários serviços incluindo os públicos, na fixação de pessoas no interior e locais mais despovoados.
Nas minhas cicloviagens procuro frequentar os eventos locais, as manifestações sindicais, as festas, os atos culturais e alguns desportivos e religiosos [sendo ateu], procuro conviver com a população. Daí vêm histórias maravilhosas e inesquecíveis.
"O violinista rústico", óleo sobre tela, autor provável: Adriaen van Ostade, 1640, museu de Edimburgo. |
A Escócia é daqueles países que está na nossa imaginação romântica. A simpatia do povo, as paisagens e cenários idílicos popularizados pelo cinema, a música, a cultura, uma realidade de um país com língua própria [o gaélico escocês] que foi dissolvida pela língua do país que o dominou [o inglês].
A Escócia é possuidora de uma identidade e culturas fortes, votações maioritárias em partidos republicanos e independentistas – mas que rejeitou a independência em referendo e onde a monarquia ainda tem peso.
Além da sua beleza, a geografia multifacetada da Escócia permite-nos intercalar circuitos em bicicleta [trilhos ou estradas] com bons e belos passeios de comboio [como o popularizado viaduto de Glenfinnan pelo filme de Harry Potter] e viagens de ferry entre ilhas também muito prazerosas.
O facto de já ter inscrição para a maratona de Edimburgo ajudou na escolha. Correria a maratona e faria depois a volta em bicicleta.
Exemplo das casas antigas da Escócia. |
A opção pelo minimalismo decorre de vários fatores: uso apenas de materiais necessários e multifuncionais, diminuição do peso a transportar na bicicleta, cultural – não consumista – e poupança de dinheiro. A opção pelo minimalismo também significa boas escolhas de materiais, equipamentos técnicos, roupas técnicas (…) por regra mais caros.
a) Dormida. Não dormi uma única das 27 noites em hotel, estes tinham custos de 130 e 140 euros. A opção foi a compra de um saco cama zero graus, uma tenda capaz de suportar forte pluviosidade e vento, alforges impermeáveis. Mesmo comprando materiais caros acabei poupando imenso dinheiro. O saco cama custou 170€, o colchão insuflável 40€, a almofada 5€, a tenda [Husky extreme-flame-2-green] 235€…
Dado o cansaço da jornada é importante ter uma boa dormida, dada pela boa capacidade dos equipamentos em resistirem ao mau tempo, garantirem um mínimo de conforto, garantirem fiabilidade na viagem. Recomendo a tenda Husky por várias razões: a montagem começa pelo teto o que permite montar o interior em seco mesmo que esteja a chover, provou ser impermeável em quase 40 horas de temporal e tem um desenho ergonómico para melhor resistir ao vento. Dormi 3 noites em hostel [média de 20 libras cada], 1 em caravana emprestada, 8 em casa de amigos da rede de ciclistas warmshowers, 2 em terrenos e 12 em campismo [média e 13 libras] e 1 no aeroporto.
b) Comida. A regra foi comprar comida em supermercados e fazer as minhas refeições. Umas 5 refeições foram em restaurante ou tasca de comidas típicas. Tive 8 jantares oferecidos pelos amigos. O fogão, 20€, foi comprado cá, pequenino e prático; A louça mais simples, 10€; botija de gás comprada na Escócia, 8€, pois não é permitido em aviões. A grande dificuldade foi conseguir comer sem glúten, pois sou intolerante. O meu “grande aliado” foi o arroz pré-cozinhado que pela Escócia se vende muito em refeições pré-feitas. Beber água é ainda mais importante para quem só tem um rim, 3 litros por dia era o normal. Aqui exagerei na prevenção: o filtro de água e os comprimidos de desinfeção nunca foram necessários.
Preparando o almoço. |
Cria uma folha word, com texto e hiperligações, para planeamento.
a) A bicicleta. Uma das coisas boas das viagens em autossuficiência é o planeamento, começas a viajar antes mesmo de começar. No caso de uma viagem em bicicleta tens de ter o conhecimento fundamental de como reparar as principais avarias e transportar contigo materiais e equipamentos de reparação mínimos. A viagem cria sempre avarias – isso não é um azar, é um desafio ao teu autodomínio e capacidade. Faz uma lista de equipamentos e materiais para teres controlo sobre a preparação. Na viagem, todos os dias é preciso olhar a bicicleta a ver se está tudo bem. Se a levares no avião vais precisar de pagar e embalar protegida [pressão reduzida nos pneus, volante e roda da frente desmontada, desviador e mudanças muito bem protegidas], para lá eu costumo pedir caixas de papelão nas lojas de bicicleta, para cá faço igual – verifica sempre se no aeroporto de retorno há ou não venda de caixas. Tira fotos à bicicleta, ao autocolante com o código de barras do quadro, ao recibo de compra [se tiveres] e manda tudo para o teu próprio email. Estuda o melhor cadeado que podes ter juntando uma corrente que prenda também a roda dianteira e o selim. Usa uma preferencialmente bicicleta simples e minimamente robusta, quanto mais técnica mais problemas com difícil solução. Antes de ir faz revisão geral.
Ilha de Arran |
Monte Quiraing |
"O rei do Glen", famoso quadro de Edwin Landseer, 1851 |
Ilha de Skye, em dia de chuva, nevoeiro e vento. |
Nas viagens não levo computador para reduzir os pesos ao mínimo. Os meus relatos diários são fotografados e escritos por telemóvel e narrados no facebook, embora dê perda de qualidade na imagem e no texto. Aqui ficam as ligações:
Castelo Dunnottar. |
Dias de maio
24, a chegada a Edimburgo, montar a bike; 25, imagens das ruas e o excelente Museu Nacional da Escócia, Edimburgo; 26, Stirling e viva o ventinho (…) mas que bem se está; 27, enamorado por dama escocesa casei com ela, fui nomeado rei e decretei a independência da Escócia; 28, Stirling – Edimburgo, comboio e bike ao encontro dos leões portugueses; 29, a festa na maratona e os meus tempos; 30, Kelvingrove Art Gallery, Glasgow; 31, museu de transportes de Glasgow.
Dias de junho
1, o primeiro ferry; não se estranha, “osmose” nas belezas da natureza; 2, da cascata de Glen Rose à “subidinha” do glaciar North Glen Sannox, delícia de sentidos; 3, da visita aos monumentos arqueológicos de Dunchraigaig às festas do jubileu da rainha; 4, a história do ursinho verde na chegada a Oban; 5, o único aeroporto do mundo numa praia; 6, as focas que afinal são lontras e o museu da história da sociedade da Ilha sul de Uist; 7, Uist nas ilhas Hébridas Exteriores, não há árvores que o vento dá cabo delas; 8, o lindíssimo monte Quiraing [só custa a subir], as quedas de água Kilt Rock e subir a montanha de novo, agora a pé para ir visitar The Old Man of Storr, ilha de Skye; 9, ventania e chuva desde Portree, ilha de Skye; 10, de Mallaig a Fort Williams pelo viaduto de Glenfinnan; 11, na linda Glen Nevis em chuva permanente; 12, Fort Augustus e Lago Ness; 13, rota 78 [Caledónia], as quedas de água Falld of Foyers e o “Great Glen Ways”; 15, o lugar pré-histórico de Clava Cairns, o lendário campo de batalha de Culloden Battlefield e fazer almoço em vida de cicloviajante; 16, conquistei o Castelo Dunnottar; 17, o belo passeio em Dundee; 18, avarias e surpresas boas em Falkland e St. Andrews; 19, quando te convidam a dormir num "quarto" de vidro dentro de um grande jardim paradisíaco; 20, de bicicleta para o aeroporto com papelões em carga; 21, a história da carteira perdida.
Outras histórias:
Como se fazem parques gratuitos de bicicletas; a proteção de crianças na estrada; medidas de diminuição de velocidade e favorecimento da bicicleta em meio urbano; os passing place – “devagar se não bates”; mapa final do roteiro.
Qualquer ajuda necessária disponha.
"Viajar é a única coisa onde se gasta dinheiro, e te torna mais rico."
A famosa ponte que liga a Edimburgo, património mundial da humanidade. |
terça-feira, 13 de setembro de 2022
Volta à Escócia
A volta à Escócia de maio e junho foi uma viagem maravilhosa. Talvez por isso tenho tido dificuldade em encontrar a melhorar maneira em partilhá-la convosco.
Optei por um texto que resume "tudo" e tente ser motivador para quem não viajou ainda em bicicleta.
Em breve cá estará.
monte Quiraing |
Inverness |
casa típica no campo de batalha de Culloden Battlefield |
Castelo Dunnottar |
Vítor Franco
quarta-feira, 10 de agosto de 2022
Guia de escolha para comprar bicicleta de cicloturismo
Imagem do site |
Esta excelente revista é um bom auxiliar para quem se quer iniciar nas cicloviagens e não só. Uma das matérias que sugiro a leitura tem o tema deste artigo.
Nem sempre o que é mais caro é melhor. Nas bicicletas de cicloturismo as bicis com carbono e /ou titânio são não recomendáveis. Repara: Quem te solda um quadro ou outra peça da bicicleta se ela for destes materiais? Ninguém ou quase ninguém!
No site poderás também ver as 30 rotas sugeridas, na Europa, 2022, que te aguçarão o apetite.
Ilha de Skye, Escócia, junho de 2022. |
Os Caminhos de Santiago têm farta matéria na revista e site. Uma informação útil é saber onde existem albergues. Sabe que para utilizares os públicos ou das associações, ou paróquias, tens de levar contigo o "passaporte", a credencial de peregrino. Nos privados não é necessário mas é sempre bom ter.
quarta-feira, 4 de maio de 2022
Crónicas do Caminho de Santiago a Compostela, (com podcast)
Hoje cheguei a Santiago. Até para um ateu, como eu, chegar à linda Praza do Obradoiro é uma emoção. A Praça é um lugar de poder e de história, tal como Santiago. Os poderes marcam lugar no Hospital dos Reis Católicos, no Pazo do Raxoi, lugar de uma Galiza aberta ao mundo! Ali fiquei durante um tempo, apreciando as emoções humanas.
Dei uma volta na bicicleta, deambulei pelas ruas, dirijo-me pela Rua do Franco [cujo nome não é em minha homenagem, muito menos ao ditador fascista Franco, mas sim aos peregrinos chegados através dos Pirinéus, como “homens livres” ou como “Nação Franca”] e fui visitar [como sempre faço] as duas irmãs Marias cuja história merece muito ser lida aqui].
E fico à conversa, talvez eu seja um conversador; das conversas sem tempo e compromisso vão ficando amigos efémeros, mas bons… E fotos, ficam muitas fotos…
terça-feira, 12 de abril de 2022
Já saiu o número de abril da revista Cicloviagem Desafio.
Já saiu o número de abril com muitas e interessantes matérias.
É muito difícil manter a regularidade de uma publicação gratuita, a equipa está de parabéns!
A parabenização é reforçada quando se junta uma filosofia positiva e progressista.
Como eles dizem: "Somos una revista en movimiento. Tenemos como objetivo la divulgación de un tipo de turismo y vida alternativo donde nos relacionamos de manera responsable y consciente con el medio y las personas que lo habitan".
Vejam só que bela paginação! Não perca, clique aqui e ligue-se à revista.
segunda-feira, 21 de março de 2022
Boas histórias de viagens em bicicleta na BTL
Foi um gosto participar na Talk das viagens em bicicleta na Bolsa de Turismo de Lisboa.
A organização foi uma parceria da rede Travel Bloggers PT e das Pousadas da Juventude.
Fica aqui o convite para assistirem a este e a outros debates.
quarta-feira, 16 de março de 2022
Histórias com GENTE dentro
Saída de Narbonne |
Há dias que nunca se esquecerão! Esses dias representam o futuro da humanidade. Perceberão no fim do texto.
A chegada ao Porto de Narbonne tinha sido um bálsamo, tinha
batalhado duro contra o vento para visitar à abadia de Fontfroide, o
"camping" estar fechado foi uma sorte. Encontrei dormida num pequeno
hotel no centro da cidade. Tomei banho, comi o que restava, segui para visitar
o centro histórico. Eis que começa uma carga de água que deve ter durado toda a
noite. Devo ter dormido umas 10h... Quando acordava era com o barulho da chuva
forte. Às 9h da manhã ainda chovia. Preparei o poncho, deixo abrandar e mesmo
sem comer meto-me pelo canal de Robine para voltar ao Midi.
Lama + lama, chuva + chuva... A dado momento uma vedação e
um sinal de obras corta o caminho, volto para trás... Apanho uma saída para uma
estrada e sigo em direção à Cuxac-d'Aude na esperança de lá encontrar um café
ou supermercado onde comprar comida.
Ledo engano... Volteei por ruas e ruelas, perguntei e
perguntei, a resposta era sempre a mesma "é difícil"...
Pensei seguir para Capestang e assim evitar entrar na lama, pergunto a uma senhora por um café e a resposta foi: "venha comer a minha casa"! Pensei que tinha percebido mal e agradeço mas só queria uma indicação de algum estabelecimento mais próximo. A senhora insiste: "moro aqui, vou abrir a garagem para a bicicleta não ficar à chuva" e foi logo abrir a garagem...
Aceitei a graça concedida. Descalço as sapatilhas cheias de
lama e as meias vão deixando o rasto molhado. Manda-me sentar a mesa, apresenta
a filha e o gato e traz meia pizza... Eu que não posso comer glúten, devorei a
pizza… Depois bebi duas canecas de café. Ofereceu fruta e iogurte, agradeci,
mas já estava bem. A conversa desenvolve-se bem com a filha, veterinária, e ela.
Falámos de viagens em bicicleta e em moto, de associativismo social, em francês
e em espanhol, como dava... Tirámos uma foto para mostrar ao marido e ofereci
préstimos em Portugal.
Antes de sair "exigiu” que eu trouxesse 4 bolos da
kinder, aceito e volto a agradecer.
Nem 10 km passados já os bolos começavam a estimular o palato :) . Em Capestang retorno ao Canal du Midi e volto à lama. A partir de Colomniers surge uma belíssima Ecovia.
Pelo caminho há encontros: um velho que morava no próprio
barco quis saber o que andava a fazer e contou-me histórias de imigrante na
América do Sul, um jovem meteu também diálogo na curiosidade de um velho português
por ali, uma ciclista alemã pede informações: estava a fazer o Midi em sentido
inverso; mais uma hora de conselhos e conversa...
Tenti passar pelo Túnel de Lamas mas as barras de ferro
impediam-no...
São já 17h quando chego às lindas e famosas 9 Écluses deFonseranes.
Um grupo de franceses mete conversa... Falámos da viagem, do
que conheciam em Portugal, de ser reformado :) ...
Quando digo que penso chegar a Séte desaconselham, ainda
faltavam uns 50 kms... Uma senhora puxa do telemóvel e começa a procurar
alojamentos... Falo em hostel... Devem ter pensado que eu não tinha dinheiro, pois começaram a dizer-me que davam se fosse preciso... Devia estar mesmo com cara
de "portuga" abandonado!
Agradeço, volto a agradecer, tiro duas fotos ao canal e sigo
para Béziers...
Procuro o Ibis e cá estou...
Há dias que não esquecerei. Acima de tudo valem para mostrar
a todos nós que a esperança na humanidade deve estar no centro da nossa vida.
O mundo não é a perceção de violência e desconfiança que as
TVs transmitem, apesar da invasão da Ucrânia. Os povos podem gerar
solidariedade com imigrantes ou pobres ou, simplesmente, entre todos nós.
A comunidade pode ser isso mesmo. Marx e Engels também lutaram
pelo crescimento da "Liga dos Justos"... Liga dos Justos! Sim,
justiça! Sim solidariedade! Sim paz!
Hoje [4 de outubro de 2021] choveu torrencialmente, mas o
sol brilhou e até se pôs em tons vermelhos!
Quando pessoas que nunca te viram, te acolhem dois dias em sua casa, te levam a passear à linda aldeia medieval de Minerve e às gargantas do rio Cesse |
Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!
O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...
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O centro histórico de Santarém é testemunho de uma história rica e plural. Foi terra de árabes e judeus, colocados extramuros após a conqui...
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Pronntttssss. O meu sexto caminho está feito! Pelo caminho ficam os caminhos francês, inverno, costa portuguesa, interior português 2x, nort...
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Nos dias 8, 9 e 10 dezembro participei com um grupo de novos amigos nesta rota em regime de auto-organização. Foram 3 dias cheios de conví...