Fazer o
Caminho de Santiago em “modo solitário” foi uma agradável experiência.
Ao fazê-lo
tens de planear, prevenir, pensar… Ganhas autoconfiança, valorizas o lado
positivo das coisas e no fim chegas à conclusão de que não é difícil. A tua autoestima
fica mais forte!
Mas fazer o
Caminho a solo não quer dizer que estejas sempre sozinho, se tiveres mente e
espírito aberto, seres alegre e fraterno vais encontrar um vasto leque de
pessoas interessantes.
"Deixa que elas se sentem contigo."
Também
podemos encarar a nossa vida assim e, estou convencido, se o fizermos ela
correrá melhor!
No Caminho
encontrei pessoas muito interessantes:
- Um grupo de
jovens que me disse estar a fazer o Caminho em sentido inverso com destino a
Jerusalém para apelar à paz – é com pena que direi que é caminhada ingrata –
Israel não cederá à vontade do grupo e deixará de oprimir os palestinianos;
- Um grupo de
catalães adeptos [como eu] do direito à independência da Catalunha, pessoas
alegres e cultas com quem travei boas conversas e ainda hoje recordo as suas
palmas quando subia ao Alto de S. Roque;
- Um casal de
jovens, de Burgos, com quem brinquei na temerosa subida de Cebreiro e que
chegados ao Alto se juntaram numa sopa galega comigo (..) e o Li, um caminhante
chinês;
De todos e
todas ficaram boas recordações, de momentos efémeros é verdade, mas até a nossa
vida individual é efémera…
Viajar a solo é um desafio, enfrenta-o!
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