sábado, 31 de outubro de 2020

Alô ciclistas, como estão as vossas barrigas?

Cristina Spínola é uma das mulheres cicloviajantes mais famosas. 
As suas aventuras e os seus ensinamentos fazem escola e partilha democrática e gratuita de conhecimento.
A sua coleção de vídeos é muito boa. Podes consultá-la no youtube clicando aqui e no facebook clicando aqui.
Sobre os seus vídeos diz a Cristina:
"Acho que não há melhor maneira de conhecer a realidade de um país e de seus habitantes do que viajando de bicicleta. Não importa de onde você é, de onde você está ou do motivo de sua viagem, a única coisa que une você e eu é que a bicicleta é o centro de nossas vidas. Solaenbici é para pessoas como você e eu que viajam a pedais para conhecer a realidade profunda de um lugar que transpira gordura, cruza desertos, selvas e pântanos, sobe e desce montanhas, passa pelo calor ou pelo frio, se move devagar sem parar. Às vezes vale a pena sofrer para chegar aonde ninguém vai e encontrar seres humanos incríveis que jamais conheceríamos de outra forma; pessoas com valores incríveis com quem aprendemos e graças a quem cumprimos o propósito final desta viagem, crescer como pessoas."
Que se poderia dizer melhor?
Ah pois... o título é como estão as vossas barrigas :) :) :) 


Vítor Franco

sábado, 24 de outubro de 2020

Rute Norte, já conhece?


"Procuro embrenhar-me profundamente. Esquecer-me de onde sou. Quero conhecer novas gentes, fazer parte do seu dia-a-dia, perceber e absorver as suas realidades" diz-nos uma ciclista humanista. 

"Espero igualmente deixar-vos ideias sobre o que se pode fazer e visitar em determinado destino. Mudar de rota. Sair dos caminhos turísticos, ir mais além". E partilha connosco fotos e relatos fantásticos de uma mulher que se lança ao mundo, sozinha na sua bicicleta!

A Rute percorreu a China, S. Tomé e Príncipe, Timor (...) n países de bicicleta! Fez o Danúbio e nos seus relatos fiz aprendizagem para o meu percurso.

E fez voo para Santarém! Não se acredita? Será fez Lisboa - Santarém em asa delta? Bem, o que eu fui dizer, ainda adapta a bicicleta à asa delta e realiza o sonho de Leonardo da Vinci...

Por falar em Leonardo da Vinci. A Rute pinta maravilhosamente.

Nestes dias de reclusão percorreu as 9 ilhas dos Açores... Roubei-lhe uma foto...

Aqui fica a sugestão de leitura: https://rutenorte.com/

Desfrute, a pandemia cresce, alie a cultura e as vivências da Rute à sua cultura geral. Vai gostar!

Vítor Franco

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Da estória do jovem cambaleante às estórias de Santarém

Galyna Andrushko | Dreamstime.com 


Tem estórias que fazem uma história, uma narrativa, uma lição de vida!

Corria o mês de julho daquele “longínquo” tempo do ano de dois mil e dezassete. O dia corria bem, com brisa agradável, convidativo às sensações e à introspeção; a pedalada era pausada como que trocando diálogos com a bicicleta ou acariciando forças sobre o pedal…

Era daqueles momentos, como aqui escrevi em agosto, quando me bate uma certa saudade…

“É bom sentir o frio no rosto, ouvir a fala do vento nas serras, pisar a neve na montanha, ouvir os pássaros, parar para apreciar as mariposas, as raposas de olhos de luz, as cobras procurando refúgio, as cabras querendo-te segredar amores, sentir os aromas da natureza que tudo nos dá e nada pede...”

Pedalava tranquilamente, no meu sentir, trazendo à memória a sentida história do velho carteiro. Já perto de A Calzada, a cerca de 36 km de Santiago de Compostela, encontro um jovem que caminhava cambaleando, completamente exausto e desfigurado, possivelmente desidratado, em “farrapos”. Parei a bike falei com ele, quis dar-lhe água e barritas, pedi-lhe para parar e dormir – nada aceitou –, só queria andar. Insisti e voltei a insistir, sem resultado…

A situação provocou-me um forte constrangimento. Na arena romana da minha consciência digladiavam-se as vontades de chamar um apoio médico preventivo ou de respeitar a vontade desse jovem. Todas as minhas insistências de ajuda tinham sido negadas, acabei por ceder ao seu desígnio dogmático de fé!

Segui, mas na arena continuaram os combates entre a razão e a fé alheia; o caminho frondoso amainou as iras contraditórias, espigueiros anunciaram o sustento, linguarejares em cafés testemunharam o galaico-português, sons familiares que percorreram gerações passaram os séculos escuros e nos chegaram vivos.

Nestes dias, três anos depois, pedalando um pouco por campos com as Caneiras à vista, partilho diálogos convosco como com os peregrinos a Santiago; pessoas que escutam experiências, partilham ideias, fazem perguntas, constroem o seu Caminho.

Construir o futuro da nossa terra deveria ser como construir o Caminho a Santiago: escutar experiências, partilhar ideias, fazer perguntas, construirmos o nosso Caminho. Mas não é – não deixam que seja!

Santarém ainda atravessa os séculos escuros do dogmatismo unilateral, cultural e “provinciano”, quase pós-feudal. A aparência domina sobre a essência, o controlo partidário domina sobre cidadania, a imposição domina sobre o ouvir e o chefe estende e remunera tentáculos para controlar empresas municipais.

Aos “ciclistas solidários” cabe o incentivo à cidadania e à razão, não cabe a indulgência plenária dos pecados de um político cambaleante! Santarém tem estórias que fazem uma história, uma narrativa, uma lição de vida comunitária!

Vítor Franco

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

É bom sentir...

É bom sentir o frio no rosto, ouvir a fala do vento nas serras, pisar a neve na montanha, ouvir os pássaros, parar para apreciar as mariposas, as raposas de olhos de luz, as cobras procurando refúgio, as cabras querendo-te segredar amores, sentir os aromas da natureza que tudo nos dá e nada pede...

É bom descer às praias e rias e tomar o barco para outra margem, tomar banho no rio, aprender com gentes de outras terras, não saber falar eslovaco, húngaro, euskerra, alemão, árabe ou berbere...

É bom não saber o que comer nem sequer como se chama, não saber onde ir dormir mas saborear a chuva caindo na tenda, conhecer religiões, culturas e costumes diferentes, conversar com amig@s do momento sem tempo de partida, partilhar as tuas histórias e do teu país...

É bom usufruir a solidariedade de todas as pessoas e poder-lhes dar um pouco de nós... É bom não haver racismos e ódios! É bom olhar as estrelas na escuridão da noite...

Vítor Franco

http://travelbloggers.pt/














quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Como eram as muralhas medievais de Santarém

Programa conduzido por José-Augusto Rodrigues com um convidado, Mário Cardoso, coautor com o seu pai, Alfredo Cardoso, de um conjunto de maquetas em madeira, de mapas e modelos tridimensionais das muralhas e zonas acasteladas de Santarém. 

Jornal o Ribatejo / Mais Ribatejotambém publicado em Eu gosto de Santarém

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Museu Nacional de História Natural e da Ciência #4 e última, a bicharada

Os homens são bichos, os pássaros são bichos, as cobras são bichos e é daí que vem a canção: “é o bicho / é o bicho / vou-te devorar…" :) :) :) 

Bem, na verdade, a história da natureza é também uma história de equilíbrio entre presas e predadores…

Espécies que ainda se descobrem e espécies extintas, umas pelo ocaso como os dos dinossauros, ou pela mão do “homem” que na ânsia do lucro a tudo o custo e da ganância destrói habitats, altera o clima da terra e caça animais até à sua extinção nem que com isso só garanta um troféu da cabeça de um animal embalsamado na sua sala de estar…

O Museu transporta-nos um pouco para essa vivência e recorda aqueles que como Arruda Furtado partilhou com Darwin a vontade da compreensão da evolução das espécies.

E já sabe, aproveite a visita, devagar, veja com os olhos bem abertos!

Veja aqui mais informações sobre a visita.

Vítor Franco
















Ativismos em debate, com Paulo Cardoso

O movimento das Associações de Dadores de Sangue, o sindicalismo, a paixão pela rádio, a poesia...

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Museu Nacional de História Natural e da Ciência #3, os minerais

- Olha uma pedra tão gira! Mãe, porque é que esta pedra é verde, foi pintada?

- Olha aqui esta (…) parece que brilha, será ouro? Ou não, que pena!

- Ohhh, porque é que as pedras têm cores diferentes? Não estou habituado a ver pedras tão estranhas…

Pois bem, o post de hoje é sobre os “calhaus”, em rigor é sobre os minerais. Os minerais é uma secção interessante deste museu. Os “calhaus” são parte das rochas, formam-se em processos físico-químicos naturais e não têm natureza orgânica – embora pareça nas pedras parideiras…

Os minerais têm átomos como o nosso corpo, mas isso não lhes dá a forma alta ou baixa, magra ou gorda, nem tem olhos nem barriga J mas dá-lhes estruturas geométricas tridimensionais, sólidas, cristalinas…

Por falar em cristalinas, alguns minerais possuem formas planas, brilhantes… Já não digo mais…Ora experimentem lá visitar, devagar, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência!

Aproveite a visita, devagar, veja com os olhos bem abertos! Humm, acho que deixei um nome mal...

Veja aqui mais informações sobre a visita.

Vítor Franco

https://www.facebook.com/groups/10milhoesderazoes/

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E as pedras parideiras? 

Estão lá no fundo eh eh eh anda até lá abaixo... :) :) 

Vulfenite 







Fluorite 

Anidrite


Fluorite
Amazonite


Siderite


Cassiterite? Ou será Salbanda? Ou quartzo? Ou todas?


Sabes que as pedras parideiras são um fenómeno único no mundo?
Clica aqui e ficas a conhecer melhor.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Museu Nacional de História Natural e da Ciência #2, os insetos.

As férias podem aliar momentos de prazer ao conhecimento da natureza e da vida. Nesta publicação #2 do Museu Nacional de História Natural e da Ciência vamos fazer uma pequena sensibilização para a importância dos insetos.

“Os insetos são uns chatos, sujam-me o vidro do carro” é uma frase que diminui, não por que a consciência sobre o papel dos insetos na vida da terra tenha melhorado muito [digo eu], mas porque o grupo de animais mais numeroso e diversificado da Terra está em declínio acentuado.

Os insetos não são só as moscas chatas, as melgas que lhe picam, são também polinizadores de plantas, controladores de pestes, comidinha para outros animais (…), você já comeu gafanhotos fritos?

O predomínio da monocultura, agricultura intensiva, química em detrimento da diversidade está fazer propagar as pestes e a matar a diversidade. Os insetos estão reduzir-se em cerca de 2,5% ao ano pelo que se poderão extinguir em 100 anos – e com eles a vida humana.

Aproveite a visita, devagar, veja com os olhos bem abertos!

Veja aqui mais informações sobre a visita.

Vítor Franco

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Mariposas-atlas são consideradas as maiores mariposas do mundo, as asas imitam serpentes











Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...