sexta-feira, 21 de junho de 2019

De Ingolstadt a Budapeste, percorrendo o Danúbio de bicicleta

Resumo. O percorrido: +- 680kms de bicicleta, 400 de comboio [nomeadamente de Bratislava a Budapeste] e uns 40 de barco; ciclistas: a simpatia nas primeiras palavras; a surpresa: 3º lugar nos +50 anos da Race de Bratislava; a beleza: Abadia de Melk; o melhor: aprender culturas diferentes; o pior: o horror dos campos de concentração nazis; a modernidade: a mobilidade e as ciclovias na Alemanha e Áustria; o prazer: usufruir a natureza; a grande dificuldade: comer sem glúten; os sons inesquecíveis: o concerto de obras de Mozart em Viena e o canto permanente dos pássaros; atração permanente: o rio; cidade referência: Passau; a desilusão sócio-cultural: Budapeste; a confirmação: a pintura de Pieter Bruegel e Viena; exemplos de recuperação arqueológica: a cidade romana de Carnuntum e a aldeia celta em Mitterskirchen; a fragilidade técnica: não ter tenda e alforges impermeáveis; o começo: 28 maio; o fim: 16 junho; o balanço: muito positivo; o desejo: recomeçar um dia, até ao mar Negro!
Mais à frente publicarei notas específicas sobre os campos de concentração, Munique, Enns, Passau, Melk, cidade romana, aldeia celta...
A perspetiva era chegar ao Mar Negro, por motivos vários tive de desistir em Budapeste.
Pouco depois de Ingolstadt


Uma das primeiras "gargantas" do rio

sábado, 25 de maio de 2019

As margens do Danúbio são lugares de muitas estórias que fazem a história da humanidade.

Previsão de como irá ser montada a bike



Nascendo na Floresta Negra, na Alemanha, o 2º maior rio da Europa passa na Áustria, Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia, Roménia, Bulgária, Moldávia e Ucrânia.
O seu delta é reserva mundial da biosfera e um santuário de avifauna e peixe. Embora a maior parte fique do lado romeno também a Ucrânia partilha parte essencial do delta do rio.
O rio dá acesso de todos estes países ao Mar Negro e deste, para sul, através do estreito do Bósforo (que separa a parte europeia e asiática da Turquia e da sua cidade de Istambul) dá acesso ao Mar de Mármara e depois ao Mar Egeu e deste ao Mediterrâneo. Para norte o acesso marítimo segue para o mar de Azov através do Estreito de Querche.  
Agora acrescente-lhe que a Alemanha construiu um canal de 171 kms que o liga ao rio Meno e que este desagua no Reno que por sua vez vai desaguar no Mar do Norte…
Assim, quando falamos do Danúbio, falamos de um rio altamente estratégico na geopolítica e geografia europeia e até asiática. Isso fez dele um lugar de disputa e grande circulação de povos, disputas militares e poderes. O último dos quais foi a guerra dos Balcãs e parte dos seus combates tiveram foco entre a Croácia e a Sérvia, uma guerra que só foi há 20 anos e de que restam ainda campos minados, aldeias e casas destruídas.
Perto das suas margens foi construído o Campo de Concentração de Mauthausen (https://pt.wikipedia.org/wiki/Mauthausen) cujo musealização perpétua a recordação do horror e do fascismo. Antes visitarei o de Dachau (https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_de_concentra%C3%A7%C3%A3o_de_Dachau), perto de Munique, cidade para a qual parto terça-feira de avião.
As margens do Danúbio são, pois, lugares de muitas estórias que fazem a história da humanidade.
Mas são também lugares seguros e de atração popular.
A minha intenção é fazer de Ingolstad ao delta do rio até ao Mar Negro.. Farei em autossuficiência e sozinho – mas encontrarei muita gente pelo caminho ou trilhos. Dormirei essencialmente em parques de campismo e comerei onde for possível, não tenho conhecimentos culinários para arriscar fazer sempre a minha própria comida.
A rota será longa, 2440 kms, mas não é uma “rota BTT” como a que fiz o ano passado com o Caminho do Norte de Santiago e o Caminho Lebaniego / Picos da Europa.
A maior dificuldade será de novo a chuva. Junho é o mês de maior [ou dos maiores] precipitação na Alemanha, Áustria, Sérvia, Hungria ou Croácia. Se apanhar chuva torrencial talvez seja possível recorrer ao comboio ou a algum percurso em barco.
Tentarei ir atualizando este blogue e o facebook, mas não esperem grandes fotos que a aselhice técnica não o permite; também serão essencialmente de telemóvel.
Então até breve.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Caminho português, pela costa, em bicicleta, a Santiago de Compostela


Este ano fui experimentar o caminho da costa. A ideia era atravessar as rias e subir primeiro a Finisterra e só depois ir para Santiago.
Parti do Porto. Em Caminha passei o rio de barco, ligeiro porque a maré estava baixa e o ferry não podia, mas foi fácil com o barco/táxi. Segui +- pela costa, direito a Baiona e depois Vigo. Também a ria de Vigo não teve dificuldade de transporte, o ferry lá me levou a Cangas.
De Cangas fui até Bueu esperando aí encontrar barco para Sanxexo, atravessando a ria de Pontevedra, mas não havia. Perguntei pelo porto, deambulei entre barcos e gaivotas... Nada! Solução única: seguir direto a Pontevedra.
A ideia inicial implicava entrar na "península do Grove" e aí voltar a apanhar novo barco até à ilha de Arousa e daí, passando a ria de Arousa, chegar a Insuela e contornar a ria de Muros até Finisterra.
Sem garantias de barcos, abandonei a ideia inicial pois implicava muitos mais kms e tempo.
Em Pontevedra retomei o Caminho até Santiago.
O percurso pela costa é muito bonito e usufruí da presença quase constante do mar. O primeiro dia foi duro com muito vento contra e frio.. No segundo dia ressenti-me... Depois a normalidade regressou.
Fiz em 3 dias e meio.
Aconselho à leitura do site https://www.gronze.com/camino-portugues-costa/informacion antes de se porem ao destino.
Uma nota final para as pessoas que se põem ao Caminho no "espírito de ir a Fátima". Regra geral são pessoas sem preparação física nenhuma, movidas pela ideia de que "a fé move montanhas" e isso paga-se por vezes caro.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

4ª Revista Bike Viajante

Clique aqui e descarregue
"Nesta edição:
- Entrevista com o casal de cicloviajantes brasileiros, Dani e Léo (BetterWayBR)
- Entenda um pouco mais sobre pneus.
- Conheça quem está pronto para iniciar uma ciclo viagem.
- Saiba como lidar com a barreira de comunicação
- História de viagem na Argentina."
- Caso tenha interesse em ajudar este projeto acesse: www.apoia.se/bikeviajante e entenda melhor o projeto deles e as formas de contribuição.
https://drive.google.com/file/d/1sDw5qvqbqBpb8JQRIj3ZXnj6roWO14Pm/view 

Cheguei, cheguei :) Plaza de Obradoiro, Santiago de Compostela, Galiza

Numa das cidade mais belas do mundo. Cheguei a 30 de abril 2019. 
Já cá cantam: Caminho Português Central, Caminho da Costa, Caminho Francês desde Burgos, Caminho Lebaniego e Caminho do Norte de Irun a San Vicente de la Barquera.

sábado, 4 de maio de 2019

Técnicas, truques e medidas de segurança para a "bike" na cidade

Traduzido com google a partir do site bikexprt
Este artigo, pela sua simplicidade e pertinência merece ser divulgado o mais amplamente possível.
"
- Introdução
- Um bom começo
- Onde andar na estrada
- Guiando através de interseções
- Cruzamentos não padronizados
- Orientando os problemas
- Saber usar os travões
- Pedalando em grupos
- Pedalando em chuva e escuridão
- Formas de lidar com situações difíceis
- Pedalando com confiança

Este manual irá ensiná-lo a pedalar em ruas e estradas públicas.
A maioria dos livros sobre ciclismo começa com a seleção de uma bicicleta e acessórios. Este vai ser diferente. Vamos começar com as atitudes dos ciclistas sobre andar na estrada.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Partida!

Mais um Caminho de Santiago, agora pela costa, com paragem no Porto para encontros com trabalhadores.

terça-feira, 19 de março de 2019

Sapatilhas novas para a rota do rio Danúbio :)

O equipamento para a rota do rio Danúbio está quase completo. Hoje chegaram as minhas Shimano XM7 Mountain Bike. O treino é que está um pouco atrasado, mas em 2440 km tenho tempo de treinar eh eh eh
Junho, julho e agosto são meses de chuva pelas terras alemãs, austríacas… Ao contrário de cá, lá chove no verão. Há que ir preparado e aproveitando os saldos junta-se o útil ao agradável. Compradas na Ofimoto ao amigo Nuno.
Uma das vantagens da travessa de encaixe embebida na sapatilha é que a podes usar quer em encaixe no pedal, com as vantagens conhecidas, quer como passeio ou caminhada.
Segundo a descrição “o trunfo de referência deste modelo reside no forro impermeável Gore-Tex: contrariamente à maioria dos modelos resistente à água, não sacrifica a ventilação do pé. Por esta razão, a humidade corporal é evacuada durante o exercício e a pele seca mantém-se à temperatura ideal. Sem sufocar, este modelo garante excelentes desempenhos com mau tempo.
Muito aderente, a sola antiderrapante permite-lhe estabilizar o pé, independentemente das condições do terreno. Também encontra uma palmilha Cup que acompanha a morfologia da sua abóbada plantar. A placa flexível aumenta a potência de apoio, absorvendo as ondas de choque sentidas no pedal.
Graças aos atacadores e ao velcro, o ajuste efetua-se facilmente e o pé muito apertado mantém-se apoiado. Adorámos, a resistência do couro da gáspea: para o proteger, o fabricante revestiu a biqueira e o calcanhar (muito solicitados) com borracha, o que proporciona uma proteção suplementar contra impactos”.

Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...