quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Guia de escolha para comprar bicicleta de cicloturismo

Imagem do site

Enquanto não saem as matérias sobre os 27 dias na Escócia saibam que saiu mais um número da revista "Com Alforges".
Esta excelente revista é um bom auxiliar para quem se quer iniciar nas cicloviagens e não só. Uma das matérias que sugiro a leitura tem o tema deste artigo.
Nem sempre o que é mais caro é melhor. Nas bicicletas de cicloturismo as bicis com carbono e /ou titânio são não recomendáveis. Repara: Quem te solda um quadro ou outra peça da bicicleta se ela for destes materiais? Ninguém ou quase ninguém!
No site poderás também ver as 30 rotas sugeridas, na Europa, 2022, que te aguçarão o apetite.
Aqui fica a minha bicicleta, agora roubada, na volta pela Escócia.
Ilha de Skye, Escócia, junho de 2022.

Os Caminhos de Santiago têm farta matéria na revista e site. Uma informação útil é saber onde existem albergues. Sabe que para utilizares os públicos ou das associações, ou paróquias, tens de levar contigo o "passaporte", a credencial de peregrino. Nos privados não é necessário mas é sempre bom ter.
No "Santarém no Mundo", tens vasta matéria sobre os Caminhos.
Até breve!
Caminho de Santiago do Norte

Vítor Franco

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Crónicas do Caminho de Santiago a Compostela, (com podcast)



Hoje cheguei a Santiago. Até para um ateu, como eu, chegar à linda Praza do Obradoiro é uma emoção. A Praça é um lugar de poder e de história, tal como Santiago. Os poderes marcam lugar no Hospital dos Reis Católicos, no Pazo do Raxoi, lugar de uma Galiza aberta ao mundo! Ali fiquei durante um tempo, apreciando as emoções humanas.

Dei uma volta na bicicleta, deambulei pelas ruas, dirijo-me pela Rua do Franco [cujo nome não é em minha homenagem, muito menos ao ditador fascista Franco, mas sim aos peregrinos chegados através dos Pirinéus, como “homens livres” ou como “Nação Franca”] e fui visitar [como sempre faço] as duas irmãs Marias cuja história merece muito ser lida aqui].

E fico à conversa, talvez eu seja um conversador; das conversas sem tempo e compromisso vão ficando amigos efémeros, mas bons… E fotos, ficam muitas fotos…


Podcast, pode ouvir toda a crónica clicando aqui
(Clique para continuar a ler)

terça-feira, 12 de abril de 2022

Já saiu o número de abril da revista Cicloviagem Desafio.

Já saiu o número de abril com muitas e interessantes matérias. 

É muito difícil manter a regularidade de uma publicação gratuita, a equipa está de parabéns! 

A parabenização é reforçada quando se junta uma filosofia positiva e progressista. 

Como eles dizem: "Somos una revista en movimiento. Tenemos como objetivo la divulgación de un tipo de turismo y vida alternativo donde nos relacionamos de manera responsable y consciente con el medio y las personas que lo habitan". 

Vejam só que bela paginação! Não perca, clique aqui e ligue-se à revista.

















Todas as imagens são crédito da Revista.
Vítor Franco

segunda-feira, 21 de março de 2022

quarta-feira, 16 de março de 2022

Histórias com GENTE dentro

Saída de Narbonne

Há dias que nunca se esquecerão! Esses dias representam o futuro da humanidade. Perceberão no fim do texto.

A chegada ao Porto de Narbonne tinha sido um bálsamo, tinha batalhado duro contra o vento para visitar à abadia de Fontfroide, o "camping" estar fechado foi uma sorte. Encontrei dormida num pequeno hotel no centro da cidade. Tomei banho, comi o que restava, segui para visitar o centro histórico. Eis que começa uma carga de água que deve ter durado toda a noite. Devo ter dormido umas 10h... Quando acordava era com o barulho da chuva forte. Às 9h da manhã ainda chovia. Preparei o poncho, deixo abrandar e mesmo sem comer meto-me pelo canal de Robine para voltar ao Midi.

Lama + lama, chuva + chuva... A dado momento uma vedação e um sinal de obras corta o caminho, volto para trás... Apanho uma saída para uma estrada e sigo em direção à Cuxac-d'Aude na esperança de lá encontrar um café ou supermercado onde comprar comida.

Ledo engano... Volteei por ruas e ruelas, perguntei e perguntei, a resposta era sempre a mesma "é difícil"...

Pensei seguir para Capestang e assim evitar entrar na lama, pergunto a uma senhora por um café e a resposta foi: "venha comer a minha casa"! Pensei que tinha percebido mal e agradeço mas só queria uma indicação de algum estabelecimento mais próximo. A senhora insiste: "moro aqui, vou abrir a garagem para a bicicleta não ficar à chuva" e foi logo abrir a garagem...

Aceitei a graça concedida. Descalço as sapatilhas cheias de lama e as meias vão deixando o rasto molhado. Manda-me sentar a mesa, apresenta a filha e o gato e traz meia pizza... Eu que não posso comer glúten, devorei a pizza… Depois bebi duas canecas de café. Ofereceu fruta e iogurte, agradeci, mas já estava bem. A conversa desenvolve-se bem com a filha, veterinária, e ela. Falámos de viagens em bicicleta e em moto, de associativismo social, em francês e em espanhol, como dava... Tirámos uma foto para mostrar ao marido e ofereci préstimos em Portugal.

Antes de sair "exigiu” que eu trouxesse 4 bolos da kinder, aceito e volto a agradecer.

Nem 10 km passados já os bolos começavam a estimular o palato :) . Em Capestang retorno ao Canal du Midi e volto à lama. A partir de Colomniers surge uma belíssima Ecovia.


Pelo caminho há encontros: um velho que morava no próprio barco quis saber o que andava a fazer e contou-me histórias de imigrante na América do Sul, um jovem meteu também diálogo na curiosidade de um velho português por ali, uma ciclista alemã pede informações: estava a fazer o Midi em sentido inverso; mais uma hora de conselhos e conversa...

Tenti passar pelo Túnel de Lamas mas as barras de ferro impediam-no...

São já 17h quando chego às lindas e famosas 9 Écluses deFonseranes.

Um grupo de franceses mete conversa... Falámos da viagem, do que conheciam em Portugal, de ser reformado :) ...

Quando digo que penso chegar a Séte desaconselham, ainda faltavam uns 50 kms... Uma senhora puxa do telemóvel e começa a procurar alojamentos... Falo em hostel... Devem ter pensado que eu não tinha dinheiro, pois começaram a dizer-me que davam se fosse preciso... Devia estar mesmo com cara de "portuga" abandonado!

Agradeço, volto a agradecer, tiro duas fotos ao canal e sigo para Béziers...


Procuro o Ibis e cá estou...

Há dias que não esquecerei. Acima de tudo valem para mostrar a todos nós que a esperança na humanidade deve estar no centro da nossa vida.

O mundo não é a perceção de violência e desconfiança que as TVs transmitem, apesar da invasão da Ucrânia. Os povos podem gerar solidariedade com imigrantes ou pobres ou, simplesmente, entre todos nós.

A comunidade pode ser isso mesmo. Marx e Engels também lutaram pelo crescimento da "Liga dos Justos"... Liga dos Justos! Sim, justiça! Sim solidariedade! Sim paz! 

Hoje [4 de outubro de 2021] choveu torrencialmente, mas o sol brilhou e até se pôs em tons vermelhos!

Quando pessoas que nunca te viram, te acolhem dois dias em sua casa, te levam a passear à linda aldeia  medieval de Minerve e às gargantas do rio Cesse

Texto editado a partir do texto original.
Vítor Franco

sexta-feira, 11 de março de 2022

O que são valores ocidentais?

Direitos de autor  AP Photo/Rodrigo Abd

A criminosa invasão da Ucrânia trouxe consigo o reforço de narrativas dúbias usadas para a manipulação da mensagem ou tão só por inabilidade do emissor da mensagem.

Os ditos valores ocidentais tornaram-se um “chapéu” que serve para discriminar religiosamente ou etnicamente como para defender direitos humanos. Nesse “chapéu” tanto cabe o extremista racista como o bem-intencionado humanista.

Podemos encarar como lugar comum que os valores ocidentais são os da fraternidade, da solidariedade, da defesa dos direitos individuais e coletivos das pessoas – de todas as pessoas – e o respeito pela vontade e independência dos povos! Esse lugar comum é um bom ponto de partida para olhar a invasão da Ucrânia mas também para nos olharmos a nós próprios.

Vejamos dois aspetos diferentes: a política internacional e o individualismo como ideologia.

No lugar comum a partir do qual observamos a Ucrânia podemos partir para refletir o que foi a “intervenção militar Ocidental” nos Balcãs, no Iraque ou na Síria. Que responsabilidades foram imputadas a Durão Barroso e outros que afirmaram ter visto documentação – que afinal não existia – para justificar uma invasão, uma mortandade, uma catástrofe no Iraque? Onde esteve o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e a ONU?

Desse lugar comum podemos olhar a ocupação da Palestina por Israel, o roubo de terras e casas, a opressão e agressão militar continuada, o cerco da Faixa de Gaza…

Desse lugar comum olhamos a indiferença ocidental generalizada perante a morte de milhares de refugiados africanos e árabes no Mediterrâneo, que também fogem das guerras e da fome nos seus países. Olhamos como os escorraçam (…) enquanto multinacionais e governos ocidentais apoiam ditadores locais e rapinam matérias primas e preciosas!

Onde está a civilização ocidental?

Onde está quando se deixa morrer, só e ao frio, um idoso caído na rua? Quando centenas ou milhares de pessoas passaram indiferentes à hipotermia que galgava sobre René Robert, fotógrafo, de 84 anos, morrendo ao fim de nove horas sem receber ajuda.

Olhai-vos amigas e amigos. Olhai-vos quando vos sensibilizais [e bem] com os refugiados brancos mas ignorais os negros. Olhai-vos quando vos sensibilizais com os que sofrem na Ucrânia [e bem] e ficais indiferentes aos que vivem ao vosso lado.

Olhai a sociedade que vivemos, os valores de competição a sobreporem-se aos valores da cooperação, os valores do individualismo [ideologicamente também liberais] a sobreporem-se à solidariedade, “eu que me safe, os outros que se lixem”! Olhemo-nos, quando caímos na tentação de ostracizar o mais fraco e de odiá-lo porque é diferente, porque é gay ou lésbica, porque é pobre ou gordo, porque é negro ou cigano…

Olhai-vos, olhemo-nos, quando a morte galga sobre um idoso caído na rua… E nós indiferentes!

O que é a civilização ocidental?

Vítor Franco

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Chegaram as novidades de fevereiro no Alforjas.com


Olá

Chegaram novidades do excelente site de cicloviagens https://conalforjas.com/. Já conhece? Se não conhece não perca tempo, vai gostar! 

Das novidades de fevereiro, salientamos e citamos:

"Como escolher rodas (fortes) para cicloturismo?

Começamos falando sobre rodas para cicloturismo. O elo mais fraco da cadeia e onde devemos prestar mais atenção. Principalmente se ultrapassarmos os 90kg ou carregarmos a bicicleta muito carregada.

Cicloturismo em Ibiza (Roteiros e Recomendações)
Continuamos com um post sobre Ibiza, um destino perfeito para o cicloturismo desde que evitemos a alta temporada. Nele propomos 2 percursos para conhecer a ilha, um por estrada e outro por caminhos.

O Caminho de Santiago de bicicleta de estrada
Com a ideia de aproximar os ciclistas de estrada do cicloturismo, preparamos este post sobre as possibilidades do Caminho de Santiago para os fãs magros . Espero que tenhamos convencido alguém.

Cicloturismo no Vietnã: Rotas e recomendações
Neste post vamos a um dos países do Sudeste Asiático preferidos pelos ciclistas: o Vietname. Seus preços baixos e sua natureza exuberante o tornam um destino muito atraente. Incluímos um mapa com algumas propostas de percurso.

30 ciclovias para 2022
Este foi o primeiro post que publicamos em 2022. Uma compilação de 30 rotas pela Europa para que você não fique sem ideias para este ano."

Tudo isto e muito mais num site a não perder!

Vítor Franco


terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Chipre, breves momento de beleza, #Lárnaca

Chipre é uma encantadora ilha, encravada nas disputas territoriais. Disputada desde há séculos, pela sua posição estratégica e pela abundância de cobre, a ilha está dividida em lado turco e grego separados por uma zona neutra a chamada zona verde.
A ocupação inglesa exportou procedimentos como o guiar à esquerda e ainda hoje mantêm ocupação militar com duas bases e áreas circundantes sob controlo e jurisdição inglesa.
Esta viagem, que não foi em bicicleta pois não havia tempo, teve como objetivo a maratona de Pafos.
No post de hoje o objetivo é publicar algumas fotos para aliciar uma visita.
Aqui vão:
A lindíssima igreja Panagia Tis Aggeloktisti Kiti, património mundial. Construção religiosa bizantina cuja lenda diz ter sido construída por anjos sobre as ruínas de uma antiga basílica cristã.
Ruínas paleolíticas de Choirokoitia, também património mundial. Raro lugar pré-histórico e dos mais relevantes de todo o Mediterrâneo Oriental, património mundial desde 1998.
Pôr do sol no Lago Salgado. Lárnaca. Tem uma lenda interessante. Terá sido criado por Lázaro que, após ressuscitado, veio viver para o Chipre. Terá transformado uma vinha num lago salgado por a dona ter-lhe recusado uvas.
Igreja de S. Lázaro, onde se guardam ainda relíquias de S. Lázaro, é local de culto permanente e ida regular para rezar. Lázaro foi bispo de Kition a cidade que deu origem a Lárnaca.
#Chipre1
Vítor Franco







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sábado, 30 de outubro de 2021

“ABC” de uma viagem em bicicleta pelo Canal du Midi

A bicicleta e o canal

1. O que é o Canal du Midi?

Texto de abordagens sintéticas, pois sou adepto da pesquisa de cada pessoa; a pesquisa e a preparação fazem parte da descoberta e do interesse em construir a viagem que mais se gosta. Os links dão a complementaridade necessária. Este é o texto que enquadra o essencial da viagem.

Construído no século XVII o Canal du Midi é uma extraordinária obra, património mundial, que é hoje uma referência turística e ecológica do sul de França.

Percorrer o canal é também uma visita à medieval história dos cátaros e ao seu extermínio pelas invasões das cruzadas da igreja católica romana. É também trazer à memória a tragédia que foi o ditador Franco de Espanha, a fuga de centenas de milhares de republicanos espanhóis homenageados na histórica vila circular de Bram onde existiu um campo de acolhimento.

São imensos os factos históricos que merecem visita e conhecimento, mas também a boa gastronomia com o vinho a acompanhar os pratos típicos. O cassoulet é imperdível, de preferência acompanhado de tinto! Na “batalha” reivindicativa da lenda que deu origem ao prato opõem-se Castelnaudary [o coração da construção do Canal du Midi com o seu grande lago: a“Grande Tigela”] e a líndissina Carcassonne em cujo castelo fiz um vídeo.

O Canal pode ser percorrido como quiser: a pé, de bicicleta ou de barco. São muitos os parques de campismo, os barcos hoteleiros, as zonas de apoio… Tudo depende do gosto, da possibilidade económica e física e até do conceito de viagem de cada pessoa. As muitas hiperligações que faço ajudarão as escolhas e cada pessoa definir a sua viagem.

Carcassonne, património mundial

2. Beleza e percurso.

A região do Sul de França é muito interessante. Ali se cruzam civilizações, disputas económicas e religiosas, línguas e culturas. Já ouviu falar na língua occitana, da Occitania? E no pastel?

A religião cátara, apesar de extinta, ainda hoje marca presença na monumentalidade e na cultura. Descubra porque os cátaros eram vegetarianos e defendiam “a terra a quem a trabalha”, sendo oponentes da propriedade privada. Os cátaros, massacrados pelas cruzadas da igreja católica romana, reagiram contra a inquisição e vingaram-se em Avignonet.

A viagem começou em Toulouse, para onde fui de avião, seguindo-se lugares muito interessantes até Castelnaudary onde a bicicleta avariou e tive de ir de comboio para a cidade património mundial Carcassonne onde foi reparada. Prosseguindo os trilhos (…) perto da aldeia de La Somail [que tem uma das melhores e mais famosas livrarias de livros antigos do mundo] fiz um desvio para norte, para Minerve – uma das aldeias mais belas da França. Após dois dias em Minerve, retomei o canal e fiz novo desvio, agora a sul, para uma ida à Abadia de Fontfroide. Após visitar a abadia segui então para Narbonne onde dormi; a vinda de Cesseras / Minerve para Fontfroide e depois Narbonne até Bézier foram os dias mais duros: vento contra, chuva e frio. A partida de Narbonne fez-se, à chuva, pelo Canal de Robine; obras no Canal obrigaram-me a voltar atrás e, debaixo de fome e chuva, apanhei a estrada para Cuxac-d’Aude onde uma francesa me ofereceu comer [ver relato no face]. Retomei o Canal du Midi em Capestang e daí até Bézier. Aprecie Bézier de longe, junto às lindas e famosas 9 Écluses de Fonseranes.

Passar entre o Mediterrâneo e a Lagoa de Thau é um privilégio de contato maravilhoso com a natureza e as milhares de aves, em particular flamingos. Chegar a Sète é chegar à meta, a um grande porto e uma cidade dinâmica.

Oficialmente, o Canal du Midi termina na lagoa e em Sète. Eu segui para a linda vila fortificada de Aigues Mortes e fiquei em Vauvert. Depois foi comboio: Nimes, Arles, de bicicleta subindo à bonita Les Baux-de-Provence e ao sensacional Carrieres de Lumieres e depois comboio de Arles [onde, no coliseu romano, gravei este vídeo para o jornal Mais Ribatejo] a Marselha com volta de avião…

Vista para Béziers

3. Porquê a opção de fazer em bicicleta?

A bicicleta permite uma liberdade de movimentos e acesso a locais só assim possíveis. Ela implica outra logística, outros equipamentos, mas a solução isso ganha-se com a prática.

A chegada implica levar a bicicleta desmontada [o Edu mostra aqui uma superproteção] em caixa e remontar à chegada. O aeroporto de Toulouse, que tem voos diretos de Lisboa, é pequeno e simples – mas fiquei com a noção de que as descargas não funcionam bem: a minha bicicleta não aparecia nas bagagens fora de formato e foi descoberta por um funcionário num elevador ??!!

Para o acesso à cidade rosa aconselho o metro de superfície, o Tram, que parte logo em frente ao aeroporto e tem máquinas de compra de bilhete.

Para Lisboa voltei de avião de Marselha, também um aeroporto de fácil acesso a partir da estação ferroviária de Vitrolles Aéroport e logo na estação a ligação rodoviária gratuita pela Navette Aeroport. No próprio aeroporto há serviço de bagagens, a Safe Bag, que vende a caixa de cartão para a bicicleta a 25€. Por precaução leva um rolo de fita adesiva larga

Comer é para mim um desafio devido à intolerância ao glúten, mas pode-se comer bem pagando 5 a 10€ a mais do que seria em Portugal. Para dormir eu partilhei a rede de ciclistas viajantes warmshowers e hotéis baratos. Apesar de levar tenda não a usei, até porque as noites estavam frias e algumas noites choveu.  

 Maison Carrée, templo romano, Nimes

4. Os percursos, links os receios.

Descrevo cada lugar em particular, ver os links no fim, por certo aumentará o seu prazer de descoberta. Os muitos links, as fotos e vídeos por certo cativarão a sua visita!

Até Sète demorei 10 dias, viajando nas calmas, em segurança, conhecendo os locais e aprendendo a sua cultura.

O mundo não é tão perigoso como se pensa, há muitas pessoas solidárias que se oferecem para ajudar ou até só conversar. Quando, por cá, as pessoas me abordam falam quase sempre do medo de viajar sozinho por lugares desconhecidos, o receio de “acontecer alguma coisa”, a insegurança de não se ter tudo definido à partida. Amig@s, não tenham receio.

Em toda a Europa há serviços públicos de saúde que podem usar com o também gratuito Cartão Europeu de Seguro de Doença. É claro que é preciso ter os cuidados que também aqui devem ser usados.

Eu faço de cada viagem uma aprendizagem, o prazer de conhecer. Fica aqui o desafio: experimente viajar em bicicleta!

Bicicleta avariou em Castelnaudary, comboio até Carcassonne







Publicação 1 chegada a Toulouse;

Publicação 2, belezas em Toulouse;

Publicação 3, como bem se faz a ligação ao rio;

Publicações 4, 5 e 6 o a beleza do Canal;

Publicação 7, a linda Carcassonne;

Publicação 8, imagens que parecem pinturas;

Publicação 9, de Carcassonne a Cesseras com almoço em Trèbes, aldeia das flores;

Publicação 10, das grutas, canyon e aldeia medieval de Minerve;

Publicação 11, da aldeia de Le Somail à abadia de Fontfroide;

Publicação 12, da chuva e da lama ao reavivar da “Liga dos Justos”;

Publicação 13, chegada a Sète, os percursos, o fim oficial do Canal du Midi

Publicação 14, espetaculares vistas à beira mar nas ciclovias de l’Hérault;

Publicação 15, a cidade romana de Nimes;

Publicação 16, na arena romana de Arles, do mitraísmo romano às touradas de hoje;

Publicação 17, a bela Arelate;

Publicação 18, Abadia de Montmajour, BTT nos moinhos com a equipa de Fontvieillie, subindo a Les Baux-de-Provence e a sensacional #carrieresdelumieres;

Publicação 19, a despedida em Marselha;

Publicação 20, do Canal du Midi para o jornal Mais Ribatejo.

 

Fim de viagem a 10 de outubro de 2021.

Vítor Franco

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Para abrir o apetite. Canal du Midi 2

O Canal du Midi é uma excelente viagem para se fazer de bicicleta, de barco ou até a pé. Quem não puder, pode fazê-lo de carro mas fica privado de muita beleza.
Percorrer o canal é também uma visita à história dos cátaros e ao seu extermínio pelas invasões das cruzadas da igreja católica romana, à fuga de centenas de milhares de republicanos espanhóis dos assassinatos em massa feitos pelas tropas de Franco, à história e à beleza de Toulouse, Carcassonne, Séte...
Percorrer o canal é perceber como uma excelente ideia do século XVII pode ser hoje património mundial e um exemplo da proteção da natureza e do turismo sustentável.
Nas próximas publicações detalharemos as belezas...
À saída de Toulouse




O Canal passa por cima do rio






Outubro de 2021
Vítor Franco

Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...