domingo, 19 de janeiro de 2020

Às vezes "bate" umas saudades...

Às vezes "bate" umas saudades
Da montanha 
Do vento nas árvores
Da chuva 
Do canto das aves
Da incógnita do lado de lá
Do barco e do rio
Do que sabes que não sabes
Até do frio
E das firmes vontades...



  
  





País Basco, Astúrias, Picos da Europa, 2018, fotos minhas
Vítor Franco

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Fotos de Santarém

Fotos da autoria de quem sabe fotografar: Salomé Glórias.
Captar os momentos, as cores e as perspetivas certas; tornar inequivocamente belo o que nos passa diariamente como vulgar; tornar interstícios de um azulejo em pontos de beleza e atenção (...), pois...
Com um obrigado à autora, aqui ficam algumas fotos deste burgo da "beira" Tejo.
Créditos e fotos aqui.
Nota: propositadamente as fotos não levam legenda.




domingo, 29 de dezembro de 2019

domingo, 22 de dezembro de 2019

"A terra fervente". De bicicleta pela cheia no Ribatejo.

"A terra fervente". De bicicleta pela cheia, por zonas seguras claro, para mostrar alguns aspetos positivos da cheia. Acho que vai gostar!


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

De bicicleta pelas aldeias avieiras


Porto na aldeia da Palhota, foto [e bicicleta] de Vítor Franco
Um passeio de bicicleta pode ter o privilégio de ser uma comunhão de desporto, cultura e contato com a natureza. Há um pequeno percurso que assim o é: ligar a aldeia de Caneiras ao Porto da Palha.
Percurso plano, fácil, ao longo do dique que protege povoações e terras das cheias que já quase desapareceram, perscrutarmos a fertilidade da terra e a infertilidade do rio Maior / Vala Real de um lado e do outro o Rio Tejo.
O percurso é hoje comum ao Caminho de Santiago pelo que oportunidades para uma boa conversa não faltam.
Crédito de foto: Associação de Amigos das Caneiras
Caneiras e Porto da Palha são algumas das aldeias avieiras da região e é sempre um prazer visitá-las e trocar uns dedos de conversa com as pessoas mais idosas.

Foto de Caneiras, crédito no site Associação de Amigos das Caneiras

Porto da Palha, Foto [e bicicleta] de Vítor Franco
As aldeias têm origem na migração dos pescadores da Vieira de Leiria que procuraram no Tejo o sustento que o mar bravio da costa Oeste lhes negava no inverno. Aqui chegavam contornando a costa de barco e subindo o rio ou transportando este em carroças. Aqui chegavam com “um pouco de quase nada”, convocados pelo sustento de um rio que lhes mataria a fome… Vivenciando no barco todas as necessidades humanas, o povo avieiro foi um exemplo de um querer humano ímpar…

Créditos de Foto: Maria de Lurdes Farinha, peça de teatro "Gente do nosso pano" de José Gaspar
Os parcos meios financeiros que foram conseguindo permitiram-lhes fixarem-se, em inícios do século XIX, na borda-rio em casas palafíticas e aldeias de forte carga identitária.
Neles se inspirou um grande escritor português: Alves Redol. Médico de formação, escritor de paixão, cedo partilhou as vivências de um povo pobre numa região a que foi dado o nome de Ribatejo. Entre lezírias inundáveis, um bairro mais “industrializado” e uma charneca de grandes propriedades o Ribatejo foi inspiração multifacetada para um escritor expoente do neo-realismo.


Capa de livro, editora Bertrand
Imbricado com a vida do povo, vivendo com ele como o fez na aldeia da Palhota para escrever Avieiros, Alves redol sofreu a repressão e a prisão fascista mas deixou-nos imensas estórias que fazem uma história maravilhosa dos povos, culturas e vivências do Ribatejo. Estas culturas plurais, que tornam o mito “toureiro / campino / forcado” uma minudência, podem ser recordados em viagens de bicicleta.
Aqui, o objetivo é convocar a vossa curiosidade para o passado e o presente. Documentários, fotos e links para sites ajudar-te-ão a um olhar de prazer e admiração.
Clique em ler mais e "delicie-se".
Vítor Franco



Pereiro, onde as casas morrem com as pessoas!

O bairro do Pereiro foi o da minha criação, assim diria a minha mãe. A senhora Alice tinha uma mercearia no Largo dos Capuchos, mais conheci...